Gentileza. Alguns gestos que aconteceram em outros estados brasileiros também se repetiram em Cuiabá durante a manifestação que tomou as principais ruas da capital na noite desta quinta-feira (20.06). Mais de 45 mil pessoas saíram de suas casas e ocuparam as ruas, carregando cartazes e algumas flores.

No meio da multidão, dos gritos exaltados, apitos e rojões improvisados, as flores trouxeram a leveza para o manifesto. Durante e ao final do manifesto muitas delas foram entregues à Polícia, em sinal de amizade, arte e cultura. 
Apesar das expectativas de confronto com a polícia, as cenas registradas mostram que alguns agentes escalados até serviram de fotógrafos para grupo de meninas que não queriam deixar de tirar uma foto juntas.




Todos que compareceram deram um jeitinho de demonstrar que Cuiabá também está indignada com as falcatruas e desrespeito com o povo brasileiro. As flores não estavam ali por acaso, elas acabaram se tornando parte do protesto eram sempre usadas em caso do uso da força.

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“Estamos em um movimento de paz. Ninguém quer guerra, ninguém quer devastar nada, a não ser os corruptos. Então para isso estamos com rosas nas mãos e entregando aos policiais em uma forma de dizer muito obrigado e também estamos lutando por vocês”, disse o estudante de química da Universidade Federal de Mato Grosso, Tiago da Luz.

Os policiais que estavam fazendo a barricada em frente a entrada principal da Assembleia receberam as flores com cordialidade e as seguraram até o fim do protesto. Esse ato começou em São Paulo, após confronto entre manifestantes e militares. “Por lá alguns se feriram, mas o povo colocou na cabeça que o que precisamos é de paz e força na garganta e não nas mãos. Aqui em Cuiabá tudo é pacífico, mas com certeza vamos levar as flores em todos os protestos”, disse Eduardo Assis, que entregou uma rosa para o comandante da tropa que estava em frente ao prédio Dante Martins de Oliveira.