A desistência da Câmara de Cuiabá de implantar  a verba de rua, no valor de R$ 5,2 mil, demonstra que ainda existe gente com miolo firme, no Palácio Pascoal Moreira Cabral. O presidente da Câmara Municipal, vereador Júlio Pinheiro (PTB), demonstrou sensatez ao reconhecer o equívoco na forma de custear atividades externas de cada um dos parlamentares. Júlio Pinheiro ainda chora por conta de déficit orçamentário de R$ 8,1 milhões deixados pela gestão do ex-presidente João Emanuel Moreira Lima (PSD), cassado no ano passado.  Para não dizer que está tudo azul, basta lembrar que os vereadores buscam  a legalidade da verba indenizatória junto ao Poder Judiciário de Mato Grosso. Vale lembrar que cada vereador de Cuiabá já custa mensalmente R$ 67 mil para a municipalidade: R$ 15.090,00 mil de salário, R$ 25 mil de verba indenizatória e R$ 27 mil de verba de gabinete – destinada à contratação de servidores sem concurso público. Para não causar ainda mais revolta no povo cuiabano, a nova verba de rua foi revogada. Ou adiada.