Delegados se reúnem na tarde desta quinta-feira (8) às portas fechadas para discutir as normas das futuras votações do processo de escolha para o cargo de diretor geral da diretoria da Polícia Judiciária Civil (PJC). O encontro deve ser marcado pela polêmica entre o atual conselho e a categoria diante às insatisfações com alguns membros da cúpula da Segurança.

A decisão de ‘tomar as rédeas’ das conversações a cerca das novas regras da definição do futuro diretor geral da PJC parte de um grupo de delegados, que defende a participação dos agentes e escrivães no processo de escolha, inclusive com direito a voto.

Em síntese, os delegados querem evitar casos como a crise atual, gerada pela insatisfação da categoria com o atual diretor da PJC, Paulo Vilela. Em verdade, os servidores querem ampliar o processo democrático, porque reconhecem que a participação de agentes e escrivães implicará em maior responsabilidade do futuro escolhido com todas as categorias.

Assim, o encontro de hoje pode iniciar um processo de criação de novas regras, que incluam as demais bases da corporação no ofício integrado das diretrizes. Uma fonte do Olhar Direto relatou ainda que a reunião nada tenha a ver sobre uma eventual  discussão sobre a destituição de Paulo Vilela da atual cadeira. “Vai tratar apenas das normas que democratizem a escolha dos futuros diretores”, destaca.

A insatisfação com a diretoria, tem se destacado dentro da classe desde a deflagração da greve, que durou 66 dias. A falta de jogo de cintura de Vilela nas negociações com os grevistas gerou nítido desconforto e acabou resultando nas declarações polêmicas dos delegados João Bosco e Clocy Hugney, que inclusive condicionaram seus cargos à saída de Vilela.