Em um contra-ataque à altura das acusações que vem recebendo, o deputado federal Wellington Fagundes (PR) deixou de lado a postura defensiva e acusou o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) de ter influência na direção da Delta e até de fazer indicações na diretoria da empresa.

A declaração é uma resposta ao anúncio feito por Pagot de que não permaneceria no mesmo partido que o deputado republicano.

“Na verdade, quem tem que dar explicações é o Pagot, porque ele, enquanto diretor-geral do Dnit, tinha contatos dentro da Delta e chegou a indicar um dos diretores, conhecido por Acassio Falcão, por ser uma pessoa de sua inteira confiança”, acusou.

O parlamentar contesta a declaração dada por Pagot de que o deputado teria feito lobby junto à Delta para pressionar a autarquia federal a liberar recursos adicionais para a obra. O deputado também nega que tenha pressionado Pagot por conta da execução de obras da duplicação da BR 163, no trecho da Serra São Vicente, cujo Tribunal de Contas da União (TCU) detectou indícios de irregularidades.

“Não fiz lobby em favor de nenhuma empresa nem pressionei o Dnit para que fizesse termos aditivos. Eu apenas, enquanto deputado federal, fiz uso de minhas prerrogativas e continuarei fazendo”, salienta o congressista.

Fagundes também critica a postura de Pagot perante o parecer técnico do TCU.

“O Pagot não deveria contestar o relatório feito pelo TCU. Enquanto membro do Poder Executivo, ele tem a obrigação de prestar todas as informações”, acrescentou.



Atualizada às 15h48