Os proprietários de alguns quiosques no bairro Terra Nova, em Cuiabá, alegaram que a Prefeitura de Cuiabá realizou desapropriações indevidas na manhã desta terça-feira (16). Duas pessoas não teriam sido notificadas, mas mesmo assim foram retirados do local. Um agente da Guarda Municipal também foi acusado de abuso de poder.

Veja mais:
Servidora pública acha veículo roubado com ajuda de localizador do iphone
Estudante ateia fogo em escola estadual após ser barrada por chegar atrasada 

“A prefeitura mandou despejar as pessoas, mas dois dos proprietários não foram notificados e nem estavam na lista. Além disto, não tinha nenhum oficial de justiça na hora. Eles alegam que notificaram, mas isso não aconteceu”, disse João Batista ao Olhar Direto, uma das testemunhas que estava no loca durante a desapropriação.

De acordo com o secretário municipal de Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Domingos Sávio, apenas oito comerciantes têm autorização para trabalhar nos quiosques da praça: “Foram constatados mais de dez comerciantes irregulares no local, que insistiram em desafiar a lei e por isso tiveram seus pontos desapropriados”, afirmou.
 
João diz ainda que um oficial da Guarda Municipal estava a paisana no local e usou de truculência: “Apareceu esse agente lá e ele usou de truculência para com as pessoas. Além disto, tinha um outro cidadão com ele que também, que o ajudou a fazer o mesmo. Um dos proprietários estava com a perna quebrada e o cara usou de brutalidade, algemou ele e colocou dentro de um carro da Guarda Municipal. Isso é abuso de poder”.
 
“Nós vamos procurar os nossos direitos, isso não pode ficar assim. Este agente tem que sofrer as devidas sanções, ser exonerado, pois ele não tem condições emocionais para estar desempenhando este papel. As pessoas devem entrar com ações para que isto não fique impune”, ressaltou a testemunha.
 
Outro lado
 
“Ali tinha um pedido judicial do MPE (Ministério Público Estadual), notificamos as pessoas e hoje era o limite de prazo disto. Conduzimos esta pessoa, pois ela não deixou que a ordem judicial fosse cumprida, por conta disto foi utilizada a força. Além disto, ele ainda desacatou os agentes. Ele está bem e segue preso, não houve nem necessidade de atendimento médico”, relatou ao Olhar Direto o secretário de apoio à Segurança Pública, Eduardo Henrique de Souza.