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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Descoberta histórica: cientistas podem ter encontrado caminho para a cura do Alzheimer

A perda da memória, a desorientação, a dificuldade de relacionamento e outros sinais de demência podem começar a deixar de ser um drama para muitos idosos que sofrem do mal de Alzheimer.


Uma descoberta gerou esperanças entre especialistas de que o caminho para a cura da doença finalmente tenha sido encontrado. As informações são do jornal The Independent.

Pesquisas realizadas pela Universidade Duke, na Carolina do Norte, Estados Unidos, obtiveram resultados convincentes, abrindo novas portas para um tratamento da demência causada pela doença.

Isso ocorreu porque os pesquisadores conseguiram detectar uma nova causa potencial do Alzheimer, que pode ser tratada com medicamentos específicos. Tratando-se a causa, a doença pode ser mais facilmente evitada.
No Alzheimer, em vez de proteger o cérebro, o que seria o normal, células imunológicas começam a consumir um nutriente vital denominado arginina.

Ao bloquear o processo com uma droga, tornou-se possível evitar a formação de placas no cérebro, fenômeno tão característico do Alzheimer. O medicamento funcionou anteriormente em camundongos, bloqueando a perda de memória.

Os pessimistas diriam que o teste em camundongo está muito longe de ser comprovado em seres humanos. No entanto, há sinais muito positivos, já que, até agora, não se sabia a exata função da arginina e do sistema imunológico no Alzheimer.

Usada para bloquear a resposta imunológica da arginina no organismo, a droga, conhecida eflornitina (DFMO),  já está senda investigada em ensaios clínicos de certos tipos de câncer e pode ser apropriado para o teste como terapia potencial de Alzheimer.

A descoberta foi saudada por especialistas no Reino Unido. Segundo eles, foram preenchidas lacunas na compreensão da doença de Alzheimer, abrindo a perspectiva para tratamentos no futuro para essa doença devastadora, do corpo e da alma, que, sozinha, afeta mais de 500 mil pessoas no Reino Unido.

A novidade pode atrair novamente o interesse das empresas em investirem na cura do Alzheimer, já que, por causa da falta de êxito nas tentativas anteriores, aliada ao alto custo do financiamento relativo à doença de Alzheimer e a outras demências, laboratórios farmacêuticos vinham cortando verbas para esse tipo de pesquisa.

O número de pessoas no mundo com algum tipo demência deverá chegar a 135 milhões em 2050. No Brasil, o número de pessoas com esse tipo de doença neuro-degenerativa é de cerca de 900 mil, entre 15 milhões de idosos (6%), segundo a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer).

O G8, grupo das nações mais industrializadas, se comprometeu em 2013 a encontrar um importante tratamento, para curar a demência em 2025. No Reino Unido a coalizão governamental garante que irá duplicar os valores direcionados ao combate à doença, atualmente de R$ 602,5 milhões.

Carol Colton, professora de neurologia da Universidade Duke, e principal autora do novo estudo, afirmou que até então a pesquisa de Alzheimer havia se baseado na tentativa de compreender o papel da amiloide — a proteína que se acumula no cérebro para formar placas — mas, agora, com os estudos voltados para a arginina e o sistema imunológico, um novo campo se abre.

— Vemos este estudo abrindo as portas para pensar de uma maneira completamente diferente acerca do Alzheimer, numa quebra de um impasse de ideias que envolviam a cura da doença.

— Os estudos têm-se dirigido para a amilóide nos últimos 15, 20 anos e nós temos que olhar para outras coisas, porque nós ainda não entendemos o mecanismo da doença ou como desenvolver terapias eficazes.

A arginina é um aminoácido e um nutriente essencial para vários processos corporais, incluindo a divisão celular, a cura e as respostas imunológicas.

Pode ser encontrada em alimentos que incluem produtos lácteos, carne, nozes e grão de bico. A equipe da Duke, porém, afirma que o estudo não sugere que, com maior ingestão de arginina, haja uma diminuição do risco de se ter o Alzheimer.

A barreira do sangue que circula no cérebro regula a quantidade de arginina que pode entrar no cérebro, e, neste caso, a resposta imune responsável por bloquear a arginina permaneceria a mesma, mesmo se confrontadas com níveis mais elevados do nutriente.

O estudo, publicado no Jornal de Neurociência (Journal of Neuroscience), foi liderado  por Matthew Kan, que realiza o MD/PhD no laboratório da professora Colton.

Laura Phipps, do setor de pesquisas de Alzheimer do Reino Unido, ressaltou que, pelo fato de a pesquisa ter sido realizada apenas em camundongos, seriam importantes os testes em seres humanos para confirmar os resultados.

James Pickett, diretor de pesquisa da Sociedade do Alzheimer, disse que o novo estudo "junta alguns pontos em nossa compreensão incompleta dos processos que causam a doença de Alzheimer".

Seria a solução para que os idosos aproveitem a vida da melhor maneira, sem a dependência da ajuda dos outros, até mesmo para rotinas básicas, como a higiene pessoal e a alimentação



 
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