O Partido da República ainda não desistiu de ter um nome na chapa majoritária em Mato Grosso. E o futuro da legenda pode finalmente ser decidido na próxima segunda-feira (09), em reunião do Diretório Regional do PR com o ex-governador e senador licenciado Blairo Maggi, principal líder da agremiação.

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Entre outras questões, a definição sobre a permanência ou não na base de sustentação do governador Silval Barbosa (PMDB) e a futura aliança na qual o PR irá aportar. Desde que o ex-governador e senador licenciado formalizou sua saída do páreo, o PR ficou sem rumo. Literalmente. “É como se o partido estivesse com ‘labirintite’. Anda para lá e para cá, sem rumo certo, batendo cabeça na parede”, admitiu o deputado Mauro Savi, também da Executiva Regional.

“É certo que o PR não abre mão de uma vaga na chapa majoritária em que estiver compondo”, defendeu o deputado estadual Wagner Ramos, da Executiva, considerado "da cozinha" de Blairo Maggi. Wagner Ramos reconheceu que o presidente do PR, deputado federal Wellington Fagundes, é o principal nome da legenda para compor uma chapa majoritária, numa provável disputa pelo Senado. O ex-prefeito Mauricío Tonhá, que havia se colocado como pré-candidato ao Governo, pouco teria feito para viabiliza sua candidatura.

Um dos problemas do PR é o gigantismo da bancada na Assembleia Legislativa: sete titulares e mais o primeiro suplente de deputado Neldo Egon Weirich, que raramente fica fora do Edifício Dante de Oliveira. Para reeleger oito deputados, o PR teria que conquistar uma votação fenomenal. Mesmo se Maggi fosse candidato a governador, o que está descartado, na melhor das hipóteses é previsto que o PR reelejaer seis parlamentares. E, no pior cenário, três deputado.

Outro problema – e que mantém o PR na base de sustentação – é o grande número de cargos no governo Silval. São oito secretarias de Estado, quatro órgãos da administração indireta e mais de 450 cargos indicados pelo partido ou por parlamentares.

Blairo assegurou aos deputados que “está fora do páreo” e lembrou que, toda vez que era perguntado, sempre declarou que não concorreria às eleições deste ano. Ele saiu definitivamente da disputa por uma decisão pessoal, a pedido da sua família. O deputado José Riva (PSD) chegou a dizer, em coletiva de imprensa, que o senador iria anunciar sua candidatura na semana em que a quinta fase da Operação Ararath foi deflagrada e, devido ao envolvimento nas investigações, recuou.