O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Estado de Mato Grosso aguarda o julgamento do mérito de um pedido junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT/MT) para manutenção de 80% dos serviços de transporte coletivo nos horários de pico (5h30 às 8h30; 11h às 14h e 17h às 20h) e 70% nos demais horários. Sem um acordo sobre reajuste salarial, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre de Cuiabá e Região deliberou durante assembleia na última sexta-feira (16) pela paralisação dos serviços a partir de meia-noite de terça-feira (20).
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A estimativa é que diariamente 300 mil pessoas utilizem o transporte coletivo municipal e intermunicipal. Juntas, as cidades de Cuiabá e Várzea Grande possuem frota diária de 450 veículos.
No último dia 17, a desembargadora Maria Berenice Carvalho Souza, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), deferiu pedido de liminar determinando o efetivo mínimo de 80% para o domingo (18), sob pena de multa por descumprimento no valor de R$ 20 mil.
A assessoria de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre de Cuiabá e Região confirmou o recebimento da liminar, mas informa que todas as providências foram adotadas para garantir a legalidade do movimento.
Ainda conforme a assessoria, sem uma nova proposta o movimento está mantido para iniciar a meia-noite e a partir das 3h da manhã, comissões coordenadores do movimento irão circular e todas as garagens das empresas difundindo as informações sobre a paralisação.
Reivindicação
A principal reivindicação da categoria é para um aumento de 7.15% nos salários e ainda a implantação do ticket alimentação, no valor de R$ 400. A oferta do Sindicato dos Transportadores Urbanos é de reajuste percentual de 4.63%. Hoje o salário praticado para motorista é de R$ 1.680 e chegaria a R$ 1,8 mil. Já para os cerca de 80 profissionais contratados para a função de cobrador, o valor bruto praticado é de R$ 1.037 e chegaria a R$ 1,110 mil.
A assessoria do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Estado de Mato Grosso informou que o percentual ofertado, de 4.63% , foi aprovado pelo Conselho Municipal dos Transportes considerando a planilha de custos apresentada prevendo uma tarifa pratica de R$ 2,93. Ainda segundo o Sindicato, é inviável a prática de uma nova proposta considerando que o valor da tarifa hoje praticada, é de R$ 2,80.
