Engenheiro ambiental do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), Hermes Ávila de Castro foi preso em flagrante pela Polícia Civil na sede do órgão na tarde desta quarta-feira (09). A intenção da Polícia Civil era prender também o diretor técnico da autarquia, Júlio Goulart, e a presidente do órgão, Terezinha Silva Souza, mas estes dois não foram encontrados. Vinte policiais estão à procura de ambos.

As prisões ocorreram porque a diretoria regional da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) em Rondonópolis já havia feito quatro boletins de ocorrência pelo vazamento intencional de milhões de litros de esgoto in natura no Rio Vermelho.

Na manhã de quarta, fiscais da Sema estiveram no local e constataram que o vazamento do esgoto no Rio Vermelho continuava. Com isso, a Sema fez uma denúncia de crime ambiental à Polícia Civil, que então partiu para efetuar a prisão dos responsáveis pelo vazamento.

Na delegacia, Hermes disse à imprensa que não pode ser responsabilizado pelos danos ambientais ocorridos nos últimos dias por ser apenas um funcionário do órgão.

“Eu não tive participação nas decisões para que o esgoto passasse a ser jogado no rio, não autorizei nada e acho um absurdo esta exposição que estou tendo”, explicou.

As investigações sobre o ocorrido devem continuar com a avaliação que vai ser realizada pela Politec no local da Estação de Tratamento onde o esgoto está sendo despejado. “A Politec vai fazer a perícia no local para os laudos do processo e para verificarmos se o vazamento continua ou não”, afirmou.

Nota de apoio

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur) emitiu uma nota de apoio ao servidor de carreira do Sanear, Hermes Ávila de Castro.

Para a entidade, a prisão foi indevida, já que o servidor em nada contribui ou contribuiu para o dano ambiental no Rio Vermelho, deste modo, o Sispmur está acompanhando o caso e dará, na medida das necessidades, todo o apoio ao servidor.




Atualizada às 08h20 de quinta-feira (10)

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