O secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry, homologou o “chamamento público” que definiu pelo Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas) para administrar o Hospital Metropolitano de Várzea Grande, com contrato de R$ 31.3 milhões. O ato foi publicado no Diário Oficial do Estado, que circula hoje, bem como a dispensa de licitação.

Não é informado o prazo do contrato entre o Estado e o instituto. A homologação ressalta que a Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar - Instituição Pró-Saúde – foi inabilitada por não apresentar todos os documentos previstos no edital.

A contratação de organizações sociais para administrar hospitais regionais em Mato Grosso é alvo de críticas de setores da sociedade, como o Conselho Regional de Medicina (CRM). Apontam os classistas que a entrega das unidades para gestão por OS é a terceirização do setor – versão que é rechaçada por Henry.

Quem também está “de olho” na operação é o Ministério Público, já que a Ipas é investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) por ganhar licitações supostamente direcionadas no Estado de origem.

A “terceirização” das unidades regionais de saúde havia sido suspensa, mas o juiz da Terceira Vara Federal, Cesar Biasi, indeferiu o pedido liminar ingressado pelo CRM. Ele entendeu que a intenção do governo não é privatizar o setor, mas sim colocar um novo modelo de gestão e não cabe ao Judiciário interferir.