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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Estudo relaciona obesidade infantil com problemas reprodutivos

Estudo relaciona obesidade infantil com problemas reprodutivos
Uma artigo baseado em diversos estudos, publicado na revista “Frontiers in Endocrinology”, questiona se a obesidade infantil, fênomeno que vem crescendo nas últimas décadas, pode ter relação com a puberdade antecipada, com efeitos como a diminuição da fertilidade, espoecialmente no sexo feminino.


De acordo com o estudo, o corpo humano pode estar lutando para se ajustar a um problema que é relativamente novo – o excesso de comida. Por milhares de anos de evolução, a má nutrição era um obstáculo a ser vencido pelo homem, mas, agora, para grande parte da população, a dificuldade é a superabundância de alimentos.

"A questão de tantos humanos serem obesos é muito recente em termos evolutivos, e uma vez que o estado nutricional é importante para a reprodução, síndromes metabólicas causadas pela obesidade poderiam afetar a capacidade reprodutiva", disse Patrick Chappell, professor-assistente de medicina veterinária na Oregon State University, dos EUA, e um dos autores do relatório. "Os dois extremos desse espectro - anorexia ou obesidade - podem ser associados a problemas de reprodução", afirmou.

Cientistas ainda estão estudando sobre o impacto da obesidade sobre o início da puberdade e os efeitos sobre o fígado, pâncreas e outras glândulas, disse Chappell. Os seres humanos mostram variações naturais no início da puberdade, mas os gatilhos que controlam este momento não são totalmente conhecidos. Mas, de modo geral, a puberdade parece estar começando mais cedo nas meninas - e está sendo acelerada.

Kisspeptina
Isso poderia ter vários efeitos. Uma teoria é que cause impacto sobre a kisspeptina, um neuro-hormônio recentemente caracterizado pela ciência, necessário para a reprodução. As secreções normais desse hormônio podem ser perturbadas por sinais endócrinos provenientes da gordura.

A alimentação também pode ter efeitos sobre o ritmo circadiano (o ciclo biológico diário). "Qualquer interrupção de ritmos circadianos em todo o corpo pode causar uma série de problemas. E grandes mudanças na dieta podem afetar o metabolismo desses relógios celulares", disse Chappell. O sono, bem como a reprodução, podem ser afetados.

Os gatilhos do desenvolvimento da puberdade ainda são amplamente debatidos pelos cientistas. Por milênios, muitos mamíferos fizeram ajustes para reduzir a fertilidade durante períodos de fome. Mas também um excesso de gordura parece contribuir para aumentar taxas de infertilidade e doenças reprodutivas.

Alguns estudos em seres humanos encontraram correlação entre puberdade precoce e risco de câncer do sistema reprodutivo e síndrome metabólica. A puberdade precoce também tem sido associada com o aumento das taxas de depressão e ansiedade em meninas, bem como com o aumento de comportamento delinquente, tabagismo e experiências sexuais precoces em meninas e meninos, de acordo com a Oregon State University.
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