A vitória de um candidato ao Senado pela chapa contrária à do candidato ao governo de Mato Grosso, pela primeira vez na história, ocorreu por conta da estratégia de separar os candidatos. A avaliação partiu do senador eleito Wellington Fagundes (PR), da coligação ‘Amor à Nossa Gente’, ao destacar que quebrou o paradigma conseguindo ser eleito para o Senado, fora da chapa do governador eleitor, fato inédito em Mato Grosso.
 
“Isso nunca aconteceu em Mato Grosso: eleger o senador pela chapa contrària à do governador eleito. É a primeira vez”, ponderou ele, para a reportagem do Olhar Direto, extravasando a emoção.
 
Fagundes tomou o máximo de cuidado e mediu as palavras, durante a entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira (10), no Diretório Regional do PR, para não criticar o governador eleito Pedro Taques (PDT), tampouco o candidato derrotado em sua chapa Lúdio Mendes Cabral (PT).
 
 “Sempre fui leal e construí um laço muito forte, nesta campanha, com o Lúdio [Cabral] e a Ana Regina. Mas tive de me apresentar como candidato ao Senado, pedindo para que o meu trabalho fosse avaliado”, explicou ele. Fagundes deu crédito especial ao marqueteiro Bruno Bini e à equipe de comunicação, coordenada pelas jornalistas Justina Fiori e Soraia Ferreira, por contribuírem  para firmar conceito da sua imagem de parlamentar realizador.
 
Wellington dirigiu um agradecimento especial ao ministro licenciado da Agricultura, Neri Geller; senador Blairo Maggi (PR) e à ex-primeira dama-Terezinha Maggi.
 
“Todos foram importantes. O espírito de renúncia do meu amigo José Carlos Carvalho, que renunciou para ser substituído pelo primeiro suplente Jorge Yanai; a contribuição do segundo suplente Manoel Motta, professor aposentado da UFMT
 
O senador eleito anunciou que, no exercício do mandato, irá defender as reformas política, fiscal, tributária e trabalhista. “Tive condições de promover debates importantes, durante a campanha,  que serão honrados no exercício do mandato. Por mim, as propostas veiculadas no horário eleitoral gratuito do rádio e da TV deveriam servir de Bíblia para o candidato cumprir. Apresentei projeto de lei sobre isso, mas ainda não foi votado”, emendou Fagundes.