Os candidatos Wellington Fagundes (PR) e Rogério Salles (PSDB) protagonizaram um confronto quente nos bastidores do debate realizado na manhã de hoje (22) pelo TV Record. Assim que saíram do estúdio, os dois voltaram a se atacar e tentaram se defender das acusações sofridas ao vivo, porém, chamou a atenção uma insinuação feita pelo tucano sobre uma possível fraude na declaração de cirurgias feitas por Fagundes. “Ilegal seria se eu tivesse feito um implante de cabelo, mas declarar ter feito uma cirurgia de hemorroida”, disparou Salles.

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Ao ser abordado sobre o assunto pelos jornalistas presentes, Fagundes lamentou a preocupação do adversário com sua beleza, garantiu ter feito sim uma cirurgia de hemorróida, paga com seu dinheiro. “Fiz uma cirurgia de hemorroida em Santos e me predisponho a ir agora a um infectologista para comprovar isso” rebateu o candidato do PR.
 
Durante o debate, os dois tentaram polarizar a disputa, expondo temas que consideram como contradições. Wellington enfatizou o envolvimento de Salles na venda de ações da Cemat. Salles voltou a acusar o adversário de querer dividir o estado.
 
O republicano admitiu que em outro período, atendendo a reivindicações das regiões do Araguaia e Nortão, propôs um plebiscito para avaliar a divisão do estado, mas disse que hoje seu pensamento é de integração. Salles também admitiu que houve fraude na venda das ações, mas destacou que partiu dele o pedido para que a denúncias fossem investigadas.
 
A evolução patrimonial também foi tema comum entre a troca de acusações. Rogério citou o livro ‘Os Ben$ que os políticos fazem’, de Chico Gois, que relembra denúncias de ocultação de patrimônio por parte do candidato do PR nas últimas eleições, além de mostrar um salto na declaração de bens.
 
Fagundes afirmou que leu o livro, que respeita a liberdade de expressão e apontou todas as denúncias publicadas por Chico Gois constavam em um dossiê elaborado contra ele durante a disputa das eleições de 2004, quando concorreu para prefeito de Rondonópolis. Segundo ele, o próprio livro cita que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou o processo.