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Funai é desumana e irresponsável, critica Nilson Leitão sobre Suiá-Missú

21 Nov 2012 - 15:32

Da Editoria - Marcos Coutinho/ Da Redação - Laura Petraglia

Foto: Ilustração

Funai é desumana e irresponsável, critica Nilson Leitão sobre Suiá-Missú
A Fundação Nacional do Índio (Funai) demonstra "total irresponsabilidade" na demarcação de novas áreas e nos processos de ampliação de reservas indígenas já consolidadas. A afirmação é do deputado federal Nilson Leitão (PSDB), membro da Comissão Especial da Câmara instaurada para investigar abusos relacionados à questão indígena.


“É gritante a irresponsabilidade da Funai, não só nesse caso da reserva Marãiwatsédé, mas também em vários outros Brasil afora. A Funai está sendo desumana e injusta com os colonos assentados, com fazendeiros, que há mais de 20 anos ocupam essa área, e com os próprios indígenas, que não querem mais ficar alijados do processo de globalização”, defendeu o parlamentar tucano.

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Para Nilson Leitão, a  Funai demonstra irresponsabilidade nas demacações de reservas indígenas, porque pratica abusos e fraudes para fazer valer "sua lógica". E essa situação, enfatiza, precisa ser contido pelo Congresso Nacional e  pelo governo federal.

O parlamentar tucano, como representante da Comissão Externa da Câmara dos Deputados, segue amanhã (22) para reserva Suiá Missú, onde acompanhará in loco os desdobramentos da grave situação vivenciada na região Araguaia, no estado de Mato Grosso. O conflito que acontece devido à demarcação de terras pleiteada pela Funai e por parte dos índios. Os não-índios são contra a demarcação e alegam fraudes em laudos antropológicos e na troca de áreas.

Na década de 1960, os índios que habitavam a área foram transferidos pela União, que promoveu a demarcação de novas terras levando os Xavantes para a reserva de São Marcos. Com a mudança de localidade, a agricultura e a pecuária tiveram suas atividades desenvolvidas fazendo com os produtores ocupassem a região.

Segundo dados da Funai, atualmente 900 índios permanecem no distrito de Araguaia enquanto segundo a Associação dos Produtores de Suiá Missú (Aprosum) afirma que mais de 7 mil não-índios moram na região há mais de duas décadas.

“Temos outro exemplo de abuso da Funai na demarcação da reserva Caiabi, onde residem mais de 300 famílias, na região de Alta Floresta. No Pará, os índios já têm mais de 300 mil hectares e querem ampliar a reserva para o território de Mato Grosso, onde não há mais índio na região”, denuncia o parlamentar mato-grossense.

Na avaliação do líder tucano, a Funai e algumas ONGs querem manter os índios em situação de miséria, "sob cabresto", e estão a serviço do capital internacional, que tem muito interesse nos minérios existentes nas terras indígenas.

Atualizada e corrigida às 19h36
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