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Domingo, 19 de maio de 2024

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Gaeco encerra operação com 15 presos, dentre PMs e suplente de deputado federal

Foto: reprodução

Gaeco encerra operação com 15 presos, dentre PMs e suplente de deputado federal
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) encerrou há pouco a Operação Inversão, desencadeada desde o início da manhã desta terça-feira com o intuito de desarticular uma quadrilha formada por policiais militares, reeducados e até com líder comunitário de Cuiabá, suplente de deputado federal. Os PMs forneciam armas ao grupo, davam guarida às açãoes criminosas e utilizavam inclusive de viaturas para levar marmitas aos criminosos.


Gaeco desarticula quadrilha de PMs que fornecia armas e usava viaturas
Suplente de deputado federal é preso em operação do Gaeco por tráfico de drogas

Dos 16 denunciados pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, 15 foram presos. Encontra-se foragido apenas o denunciado Thiago Luiz do Amaral Duarte.

Foram presos: Antonio Marcos do Nascimento Lemos (líder comunitário, suplente de deputado federal), Oscarlindo da Silva Evangelista (assaltante, denunciado por formação de quadrilha e roubo qualificado), Antônio Henrique de Carvalho Neto (Associação ao Tráfico / Formação de Quadrilha), Bruno Aparecido Maza (Formação de Quadrilha), Augusto Carlos de Campos Magalhães (Soldado da PM), Edmar Lima Barreto (Soldado da PM), Jorge Adriano Santana de Campos (Associação ao Tráfico / Formação de Quadrilha), Fernando Rodrigues Leite (Formação de Quadrilha / Roubo Qualificado, Leonardo Neves Oliveira (Roubo Qualificado), André Luiz de Souza Rondon (Formação de Quadrilha / Roubo Qualificado), Simone Maria Santana Coronel (Associação ao Tráfico / Formação de Quadrilha), Paulo Alves de Matos (Formação de Quadrilha / Roubo Qualificado), Hamilton Scheneider da Costa Filho (Formação de Quadrilha), Marcos Máximo Santana (Associação ao Tráfico / Formação de Quadrilha) e Roberto Benedito de Santana Beto (Associação ao Tráfico / Formação de Quadrilha).

Segundo o Gaeco, os presos foram levados para a Penitenciária Central do Estado, com exceção da denunciada Simone Maria Santana Coronel que foi levada para a Penitenciária feminina e dos policiais militares que foram para o quartel do 3º Batalhão.

Consta da denúncia enviada pelo Ministério Pública à Justiça que o procedimento investigatório foi instaurado para identificação de organização criminosa especializada na prática de crimes contra o patrimônio em tese perpetrados no Distrito Industrial de Cuiabá e que estavam gerando tremendo pânico na sociedade local devido sua ‘reiteração e ousadia – alguns deles eram praticados à luz do dia’.

Segundo o Gaeco, a investigação levou a fatos envolvendo três grupos criminosos. O primeiro grupo agiu entre agosto de 2011 até maio de 2013 com prática de roubos a estabelecimentos comerciais. A 'comissão de frente', responsável por invadir os estabelecimentos e anunciar os assaltos, era composta pelos denunciados Oscarlindo da Silva Evangelista, Paulo Alves de Matos, Fernando Rodrigues Leite e Thiago Luiz do Amaral Duarte. O líder comunitário do Pedra 90, suplente de deputado federal Antonio Marcos do Nascimento Lemos, conhecido por 'Baiano', e André Luiz de Souza, davam suporte para eventual auxílio na execução ou resgate dos executores do crime.

Durante o monitoramento das atividades do bando, conforme o Gaeco, foram demonstradas a prática de inúmeros delitos. Entre eles, um roubo qualificado praticado ao posto Locatelli na Rodovia dos Imigrantes e ao frigorífico Pantaneira.

Já o segundo grupo criminoso é formado por Jorge Adriano Santana de Campos, Simone Maria de Santana Coronel, Roberto Benedito de Santana, Marco Máximo Santana, Antônio Henrique de Carvalho Neto e os Policiais Militares Edmar Lima Barreto e Augusto Carlos de Campos Magalhães. Eles são acusados de tráfico de drogas, roubo de veículos, falsificação de documentos para veículos de origem ilícita, negociação de veículos 'duble' e 'Finan', além de comércio ilícito de armas de fogo.

Conforme o Gaeco, o referido grupo era comandado pelos denunciados Jorge Adriano Santana de Campos e Simone Maria de Santana Coronel, que obtinham informações privilegiadas dos dois policiais militares, que faziam a checagem dos veículos de origem ilícita. Os policiais são acusados, ainda, de fornecer, vender e emprestar armas e veículos ao bando para o tráfico de drogas e 'cobranças' dos usuários.

O terceiro grupo criminoso, que mantinha ligação direta com o segundo grupo, era formado pelos denunciados Bruno Aparecido Maza, Hamilton Scheneider da Costa Filho e outras pessoas ainda não identificadas. Eles são acusados de se associarem para o cometimento reiterado de confecção de documentos falsos e adulteração dos sinais identificadores de veículos automotores.

As atividades do bando eram comandadas por dois detentos da Penitenciária Central do Estado, que, de dentro do presídio dirigiam as ações do restante do grupo, além de encomendarem o envio de drogas para o interior do estabelecimento prisional.

“Em verdade, verificou-se que os ‘agentes da lei’ se comportam como verdadeiros serviçais dos traficantes, chegando ao cúmulo de, no uso de viaturas oficiais, se prestarem ao papel de levar marmitas aos denunciados”, denunciou o MPE.
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