A Prefeitura de Cuiabá já está há três meses sem efetuar o pagamento dos fornecedores. A dívida deve “beirar” a ordem de R$ 40 milhões e não tem prazo para ser quitada, conforme adiantou o prefeito Chico Galindo (PTB).

O atraso foi proposital, segundo Galindo, para ajustar as finanças da administração municipal diante do seqüestro de R$ 10 milhões para o pagamento do precatório a favor do espólio de Clorinda Vieira dos Santos, em razão da desapropriação do bairro Coophamil, no município.

O prefeito argumenta, no entanto, que os R$ 10 milhões seqüestrados da conta do município, além dos outros R$ 10 milhões já pagos, são mais do que suficiente para quitar a dívida, mas a família de Clorinda exige a quantia de R$ 37 milhões. A desapropriação ocorreu há mais de 30 anos.

Desse modo, o chefe do Executivo preferiu “honrar” com a folha de pessoal, estimada em R$ 23 milhões mensais. Ele afirma que às vezes é criticado por ficar “preso” e não comparecer em muitos eventos sociais, mas alega ter perfil administrativo, com foco em resultados.

Para tentar contornar a situação e pagar os fornecedores, Galindo informou que vem fazendo uma contenção sistemática de despesas. Citou, como exemplo, a redução de R$ 600 mil do valor pago pelos serviços de coleta de lixo.

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