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Sexta-feira, 24 de maio de 2024

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Gestão do Samu será repassada para iniciativa privada

Foto: Reprodução

Gestão do Samu será repassada para iniciativa privada
O deputado federal e secretário estadual de Saúde licenciado, Pedro Henry (PP), assumiu que pretende implantar uma gestão arrojada na administração do Samu em Mato Grosso, centralizando a regulação do serviço em Cuiabá e repassando o gerenciamento para Organizações Sociais de Saúde (OSS), por meio do projeto “Samu 100% Estado”. Hoje cada regional tem a própria central 192.


“A idéia é trazer uma OSS para gerir o serviço urgência pré-hospitalar no Estado inteiro. Mato Grosso é um estado arrojado, precisamos nos modernizar”, disse durante inauguração de uma nova ala no Hospital Regional de Rondonópolis.

Conforme Henry são necessários investimentos do Ministério da Saúde entre R$ 15 e R$ 20 milhões, aquisição de 78 novas ambulâncias, construção de 100 salas de estabilização para que o Samu esteja presente nos 141 municípios do Estado. “O serviço de urgência pré-hospitalar é tratado de forma desigual. Aqui em Rondonópolis funciona em parceria entre União, Estado e município. Precisamos de um sistema integrado e gerido por OS, mas sei que toda mudança causa reações”. A expectativa é  que a nova forma de gestão do Samu inicie em 2012.

Henry lembrou que houve resistências no processo de mudança de gestão do Hospital Regional. “Hoje estamos aqui colhendo os benefícios da mudança”, disse se referindo a reforma.

Ele citou que cidades como Brasília (DF) e São Paulo (SP) tem serviço do Samu com GPS nas ambulâncias. Por meio de uma central informatizada, as bases do serviço são acionadas para atender as ocorrências.

Os vereadores de Rondonópolis estão resistentes à mudança. A Regional de Rondonópolis é a única que ainda não aceita a centralização do serviço em Cuiabá. O vereador Mohamed Zaher (PSD) se dispôs a visitar um dos grandes centros para fazer relatório. Com base na visita, os vereadores vão decidir se apóiam ou não o projeto “Samu 100% Estado”. Zaher irá viajar junto com o coordenador estadual do Samu, Daud Mohd Khamis Jaber Abdallah.

Demissão em massa

Os médicos do Samu de Rondonópolis, que regulam os serviços da região Sul, se manifestaram contra a criação da central única de regulação e ameaçam pedir demissão em massa, caso seja aprovada a proposta. Eles temem a precariedade no atendimento com a queda na qualidade caso haja a transferência dos serviços para uma OSS.

Hoje Rondonópolis, participa com mais de R$ 45 mil para manter o convênio federal do Samu. Com a implantação do sistema, segundo Daoud, esses valores cairiam para R$ 32 mil, que poderiam ser pagos inclusive na forma de contratação de pessoal. Com a implantação, deixariam de existir os cargos locais de médicos reguladores.

Para o Mohamed o que vai contar na análise a ser feita é a eficiência e a qualidade do serviço prestado. “Sabemos que hoje o nosso Samu funciona bem, apesar de todos os problemas, mas estamos perante o desconhecido e precisamos conhecer como funciona este sistema para depois nos posicionarmos. Desde já adianto que nossa prioridade é o atendimento de qualidade às pessoas. Se for para prejudicar as pessoas seremos contra”, ressaltou.

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