O cumprimento da execução orçamentária e o reordenamento dos núcleos sistêmicos individualizados são temas centrais da primeira reunião do secretariado do governador Silval Barbosa (PMDB), prevista para acontecer até sexta-feira da próxima semana. “Primeiro, acontece a reunião geral, para explicar a necessidade de rigidez fiscal. Depois, a reunião será individualizada, com cada Secretaria”, explicou o secretário Pedro Nadaf, chefe da Casa Civil, responsável por coordenar a reunião.

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Silval Barbosa disse para a reportagem do Olhar Direto que deseja o staff afinado e negou que esforço de caixa para combater o déficit estadual. “Vamos reunir a equipe para unificar a linguagem e para que todos saibam claramente sobre o que desejamos para os últimos meses. E não há novidade, porque isso é normal em administração”, resumiu Barbosa.

“Certamente isso tem que ser feito agora [em janeiro] porque os compromissos são inúmeros e os recursos são limitados. Portanto, há limites no plano estratégico”, ensinou Nafaf.

“Boas idéias são bem vindas, sim. Mas não se pode criar novidades, porque existe um plano de governo a ser seguido. E, lógico: obedecendo à execução fiscal”, explicou o secretário da Casa Civil, citando a necessidade de cumprir a Lei Orçamentária Anual (LOA). “Primeiro, vamos fazer uma reunião coletiva com todos os gestores para aplicação da LOA. É o mesmo modelo de gestão financeira e orçamentária do ano passado. Depois, as reuniões serão individualizadas, por secretaria”, justificou Nadaf.

Silval Barbosa acabou com os núcleos sistêmicos, criados pelo ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR), em 2010, concentrando a gestão financeira. “Os novos núcleos [sistêmicos] foram implantados em 20 secretarias de Estado. E, neste ano, vamos implantar nas demais. Reduzimos a burocracia e o número de servidores em 20%”, avaliou Pedro Nadaf.

“A principal economia com os núcleos sistêmicos descentralizados é a indireta, porque reduz-se a burocracia, dando mais agilidade ao processo”, justifica Nadaf, ao reconhecer que a burocracia tem um alto custo.

Atualmente, a Secretaria de Estado de Administração (SAD) centraliza apenas as licitações de governo. As demais são realizadas individualmente por cada Secretaria, devido à extinçãod os núcleos sistêmicos.



Troca-troca

A reportagem do Olhar Direto apurou que Silval Barbosa acelerou a reunião porque, na primeira semana do   ano,  trocou quatro secretários: Francisco Faiad deu lugar para Pedro Elias Domingos, na SAD; Eder de Moras Dias foi substituído por Eduardo Vizzoto, na Secretaria de Articulação Institucional em Brasília; Meraldo Figueiredo Sá saiu da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar foi substituído por Luiz Carlos Alécio, por indicação do PSD.

Já Francisco Vuolo deixou a Secretaria Extraordinária de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes (Selit), que foi extinta por Silval e teve suas atribuições incorporadas pela Casa Civil.