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Sábado, 27 de abril de 2024

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Em meio a crise

Governo usa dinheiro de ‘propriedades do tráfico’ para investir em segurança; entenda

Foto: Lenine Martins/GCom

Governo usa dinheiro de ‘propriedades do tráfico’ para investir em segurança;  entenda
O Governo do Estado, através da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), busca novas receitas em meio a severa crise econômica do país para investir em segurança em Mato Grosso. Uma das formas encontradas foi o leilão de propriedades do tráfico, que foram apreendidas pelas forças de segurança. Nesta quinta-feira (08), a fazenda Asa Branca, oriunda do crime, foi colocada em leilão. O montante arrecadado em um leilão anterior foi utilizado para comprar armas para os policias.


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A propriedade de 1.093 hectares (avaliada em quase R$ 9 milhões), adquirida com dinheiro oriundo de organização criminosa que agia no tráfico internacional de droga na região Oeste de Mato Grosso, não teve lances ofertados. Por conta disto, os interessados em arrematar a fazenda terão uma segunda oportunidade no dia 20 de outubro. O novo leilão será às 9h na sala de Crise da Secretaria de Segurança Pública, em Cuiabá.
 
“Esse é um momento importante e histórico para Mato Grosso. Um recurso oriundo do crime que será investido na defesa e proteção do cidadão”, destacou o secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque. Ele ainda garantiu a realização de outros leilões deste tipo: “Em breve teremos outro leilão de mais gados apreendidos do tráfico. O que hoje é combustível do crime, será combustível da segurança em prol do cidadão”, enfatizou.
 
No dia 10 junho deste ano, mais de R$ 3 milhões foram arrecadados no leilão judicial de 1.603 cabeças de gados que estavam na fazenda Asa Branca, localizada a 40 km de Cáceres. O dinheiro foi investido na compra de 1.200 pistolas para as polícias Civil e Militar, 40 fuzis e 50 submetralhadoras modelo HK. Uma parte, 600 pistolas, já foi entregue para a Polícia Militar.
 
“Estamos tornando realidade a pretensão de todo cidadão de bem de tirar o patrimônio oriundo do crime em favor da segurança pública”, comemorou o secretário. Zaque ainda reforçou que a compra da fazenda está amparada por decisão judicial e por sustentação jurídica, o que assegura ao comprador total segurança de que o patrimônio será imediatamente transferido para a sua propriedade.
 
“Os valores auferidos serão depositados em uma conta exclusiva da Segurança Pública e empregados em investimentos para modernização das instituições policiais e equipamentos”, finalizou o gestor da pasta.
 
O caso
 
De acordo com a assessoria de imprensa da Sesp, uma operação conjunta do Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 13 de novembro de 2014, levou à prisão de quatro pessoas, apreensão de cerca de 150 quilos de pasta base de cocaína e vários veículos, na fazenda Asa Branca, distante 40 km do município de Cáceres.
 
Tudo começou quando os policiais foram cumprir um mandado de prisão expedido pela comarca de Araçatuba, Estado de São Paulo, em desfavor de Aleksandro Balbino Balbuena. O suspeito estava sendo monitorado havia pelo menos um ano pelo setor de Inteligência do Gefron.
 
No dia 12, os policiais se deslocaram até a fazenda Asa Branca, de propriedade do suspeito, onde encontraram várias armas, entre elas, um fuzil ponto 30, várias pistolas e munições de diversos calibres. Em revista nos fundos da sede da fazenda, os policiais encontraram enterrados 124 tabletes de pasta base de cocaína. Dois funcionários do suspeito foram presos na ocasião. Diversos veículos que estavam no local, entre carros e motos, também foram apreendidos.
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