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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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Braços cruzados

Grevistas do Judiciário fazem manifestação no Fórum de Cuiabá

Foto: Lucas Bólico/OD

Rosenval Rodrigues dos Santos, Presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Mato Grosso (Sinjusmat)

Rosenval Rodrigues dos Santos, Presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Mato Grosso (Sinjusmat)

Os servidores públicos do Poder Judiciário começaram a paralisação das atividades nesta segunda-feira (3). Com direito a faixas e trio elétrico, os trabalhadores se manifestaram à frente do Fórum de Cuiabá. O movimento começou por volta de meio-dia e deve acontecer até o término da greve, que segue por tempo indeterminado.


De acordo com o presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Mato Grosso (Sinjusmat), Rosenval Rodrigues dos Santos, os grevistas não recuam sem ter três pontos da pauta de greve resolvidos. “Nós queremos o pagamento imediato da URV (Unidade Real de Valor – referente a perdas salariais na transição de moedas), o auxílio alimentação (no valor de R$ 500,00) e o cumprimento da Resolução n° 48 (que classifica a categoria dos Oficiais de Justiça como nível superior).”

Rosenval ainda fez questão de dizer que está desmentindo o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, José Silvério. “Eu estou aqui para desmentir o que ele [José Silvério] anda dizendo na imprensa. Ele fala que não pode pagar nossos R$ 500,00 (respectivos ao auxílio alimentação) com o Funajuris (Fundo do Aparelhamento Judiciário), mas o próprio Conselho Nacional de Justiça autoriza essa prática”, afirmou mostrando uma série de documentos.

Além de contrapor a declaração de Silvério, o presidente do Sinjusmat lançou uma provocação ao presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. “Já que ele diz que não tem como pagar com o Funajuris, por que ele não nos paga com o mesmo dinheiro que paga auxilio moradia, alimentação e outros para os magistrados? Por que não tira o dinheiro da mesma fonte?”, indaga.

O mais revoltante, de acordo com os grevistas, é o fato de eles terem de conseguir seus benefícios judicialmente, enquanto os magistrados obtêm seus ganhos trabalhistas administrativamente. “A greve é a nossa única ferramenta”, argumenta Rosenval.

A greve já estava prevista desde o último dia 20 de abril, quando os servidores deliberaram em assembleia o estado de greve, e que paralisariam as atividades caso as reivindicações não fossem atendidas até o dia de hoje, o que de fato não ocorreu. “Não houve nenhum diálogo”, conta o presidente do Sinjusmat.

Os servidores dos principais municípios do estado entraram em greve. Em Cuiabá, apenas dois plantonistas estão mantendo o trabalho para casos de urgência. Mesmo com a seriedade das reivindicações, os servidores não perderam a animação, o trio elétrico alegrou a manifestação com hits o axé music. E o calor da tarde desta segunda-feira foi amenizado à base do picolé de frutas, vendido na porta do Fórum.

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