A Polícia Civil de Barra do Garças, 509 km de Cuiabá, que está à frente da operação Fraus levantou que os candidatos mais assediados e aceitavam o ‘jogo’ para obter uma carteira de motorista eram pessoas idosas e outras com pouca escolaridade. Esses candidatos também vão responder processo e alguns cumpriram mandado coercitivo na delegacia.
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O morador de Caiapônia, Edson Ferreira dos Santos, 53 anos, em depoimento confirmou que pagou dois mil reais na carteira e veio somente duas vezes em Barra do Garças e não fez teste e nem exame para obtê-la.
Já o aposentado Afonso Moreira dos Santos, 72 anos, informou aos delegados que pagou 3.300,00 e conseguiu uma carteira de categoria AB (para carro e moto) e dentro de sua simplicidade o candidato informou que só freqüentou a escola por três dias. O tratorista Clésio Umbelino dos Santos, 63 anos, deu entrada 1.800,00 e depois pagou 700,00 e quando foi pegar a carteira pagou mais 1.100,00.
A moradora, Maura Lúcia Pereira, da autoescola Rainha de Jataí-GO, segundo a polícia, indicava os candidatos que estavam dispostos a tudo para ter uma carteira a um suspeito de Araguaiana que também foi detido. O vaqueiro José Raimundo de Sousa, confessou que pagou 3 mil pela carteira.
Acompanhando o comboio da polícia que veio de Goiás e Tocantins estava o delegado e presidente da OAB de Firminópolis-GO, Henrique Brito, que saiu em defesa das pessoas que conseguiram as carteiras alegando que são pessoas simples e humildes e que não sabiam que o procedimento era errado. O advogado informou que vai entrar com pedido para que os candidatos respondam o processo em liberdade.
Os delegados Joaquim Leitão Júnior e Adilson Gonçalves pediram a prorrogação de mais cinco dias da temporária dos acusados de fraudar o sistema junto ao Detran. Oito dos acusados de Goiás e Tocantins foram recambiados, sexta-feira (29), num microônibus para Barra do Garças e se juntam aos oito suspeitos de Barra.
Essa é a segunda megaoperação da Polícia Civil de Barra do Garças. Em junho do ano passado, a Civil estourou um esquema de prostituição na cidade que recrutava crianças menores para o turismo sexual na operação Boneca de Pano.
