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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA

Importância sobre prevenção, consciência e diagnostico marcam em Cuiabá Dia Mundial de Combate à AIDS

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Rosean Glória Oliveira e Valdomiro Arruda, da equipe técnica da Secretaria de Saúde de Cuiabá, orientam uso da camisa-de-vênus

Rosean Glória Oliveira e Valdomiro Arruda, da equipe técnica da Secretaria de Saúde de Cuiabá, orientam uso da camisa-de-vênus

Aulas práticas sobre utilização da camisinha – masculina e feminina, distribuição de panfletos educativos, convocação para uma cruzada contra o sexo irresponsável marcaram o Dia Mundial de Combate á Aids, na Praça Alencastro, área central de Cuiabá, neste terça-feira (1). “As pessoas devem se conscientizar de que a prevenção ainda é o melhor remédio contra as doenças sexualmente transmissíveis, principalmente a Aids”, explicou a educadora sexual Rosean Glória Oliveira, a Bia, para a reportagem do Olhar Direto, que passou o dia todo na Praça Alencastro ensinando as pessoas que passavam pelo local a utilizar a camisa-de-vênus.


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Técnicos da Secretaria Municipal de Saúde atenderam  aproximadamente duas mil pessoas, com teste de diabetes e pressão, além de orientação  sobre prevenção à Aids, durante todo o dia, na Praça Alencastro.
 
Os jovens de hoje não conviveram com a epidemia que matou milhões nas décadas de 1980  e 1990. Em Mato Grosso, no período de 2010 a 2015, foram notificados 4.014 casos de Aids, na população em geral, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde. E, desse total, 2.379 casos notificados são de homens e 1.635 são de mulheres. Entre os jovens de 15 a 29 anos, foram 1.042 casos registrados.
 
Dados da área técnica da Vigilância de Doenças e Agravos Endêmicos da Secretaria de Estado de Saúde apontam ainda que Mato Grosso tem atualmente 1.099 casos de HIV positivo em adultos, sendo 648 homens e 450 mulheres. Ao todo são 4.416 pacientes em tratamento com antirretrovirais em todo o estado.
 
Desde 2013, conforme protocolo de Tratamento de Aids do Ministério da Saúde,  após o diagnóstico de HIV a pessoa já pode entrar em tratamento, com a finalidade de ter a carga viral indetectável e não replicar o vírus. O teste rápido de HIV e a distribuição dos antirretrovirais são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos Centros de Testagem e Acompanhamento (CTAs), no Serviço de Assistência Especializada (SAE) e policlínicas. Ao todo são 4.416 pacientes em tratamento com antirretrovirais em todo o estado.
 
Quadro preocupante

Um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Programa das Nações Unidas para HIV e Aids (Unaids) revela que o número de infecções com o vírus aumentou 11% no Brasil, entre 2005 e 2013, indo na contramão da média global, que apresenta queda.

Mesmo entre países vizinho, vem havendo uma redução no índice geral de novos casos. No México e no Peru, por exemplo, essas taxas caíram 39% e 26%, respectivamente.

Em se tratando de dados mais globais, um índice do estudo que chama atenção é o fato de de que cerca de 54% das pessoas infectadas no mundo todo não têm consciência disso. Ou seja, 19 milhões das 35 milhões de pessoas que atualmente vivem com HIV no mundo não sabem que têm o vírus.

“A vida não deve depender do acesso a um teste de HIV”, disse o diretor executivo do Unaids, Michel Sidibé. “Ampliar as ações de forma estratégica é crucial para diminuir a distância entre as pessoas que sabem e as que não sabem que têm HIV, entre as que têm acesso a serviços e as que não o têm – bem como entre as que são protegidas e as que são discriminadas”, emendou Sidibé.

O relatório, intitulado GAP, compilou dados de 11 instituições parceiras da ONU em 189 países sobre a doença. O documento estima que, até o final do ano passado, 35 milhões de pessoas estavam vivendo com o vírus em todo o mundo. O número confirma a tendência de queda no número de novas infecções, que chega a 13% nos últimos três anos.

Mortes corriqueiras

O índice de mortes atribuído à Aids também atingiu o mais baixo nível desde 2005, acumulando um declínio de 35% no período. A tuberculose continua a ser a principal causa de morte entre as pessoas que vivem com HIV.

No Brasil, no entanto, o esse índice aumentou 7% entre 2005 e 2013, assim como ocorreu em outros países vizinhos, como Mèxico (9%).

Em toda a América Latina, a Unaids estima que haja 1,6 milhão de pessoas portadoras do HIV. A maioria dos casos (mais de 75%) se concentra em cinco países – além do Brasil, a Argentina, a Colômbia, o México e a Venezuela.

Aproximadamente 60% dos HIV positivos na região são homens, incluindo heterossexuais, gays e homens que fazem sexo com outros homens.

Os grupos mais vulneráveis ao HIV na América Latina incluem mulheres trangêneros, homens gays e homens que fazem sexo com outros homens, profissionais do sexo e pessoas que injetam drogas.

Cerca de um terço das novas infecções ocorrem entre jovens de 15 a 24 anos. Grupos relevantes ainda enfrentam um alto índice de estigmatização, discriminação e violência – um cenário que cria obstáculos no acesso à prevenção de HIV, ao tratamento e aos serviços de apoio.

 Os esforços globais para ampliar o acesso à terapia antirretroviral aos infectados – que é gratuito no Brasil – estão funcionando, destaca a Unaids no relatório. Em 2013, 2,3 milhões de pessoas passaram a ter acesso ao tratamento, elevando o total no mundo para 13 milhões.
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