Candidato a prefeito em Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), esclarece que a tese da sua coligação para impugnar o registro de candidatura de Francisco Faiad (PMDB) teve quatro momentos da Justiça que confirmaram a ilegalidade de o peemedebista ser candidato a vice do seu adversário, Lúdio Cabral (PT). O pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) indeferiu ontem recurso da coligação petista e negou registro por 4 a 3 para Faiad.
A manifestação do candidato foi feita à reportagem do
Olhar Direto neste sábado, a partir do andamento da ação no processo ajuizado pela sua assessoria jurídica, ao questionar que Faiad não se afastou no devido prazo, 6 de junho, da função de conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB-MT).
Para PT e PMDB, indeferimento de Faid é improcedente
Advogado do vice de Lúdio alega equívoco no entendimento de voto
Pleno do TRE indefere registro de Faiad; defesa vai recorrer
“Deu a lógica segundo, nossa assessoria jurídica. Está 4 a zero a favor da tese da nossa coligação. Um a zero, quando houve o parecer do Ministério Público Eleitoral ao acolher a petição com a nossa postulação da nossa assessoria. Dois a zero quando a juíza concordou com o parecer e decidiu indeferir o registro dele. Três a zero quando a Procuradoria Eleitoral manifestou no TRE pelo nosso argumento de que ele não afastou a tempo e, quatro a zero, com a decisão de ontem do TRE”, enumera Mauro.
“O que ficou comprovado é que ele não se afastou no prazo legal e todo mundo tem que cumprir a lei”, observa. No dia 5 deste mês, a juíza da 1ª Zona Eleitoral, Gleide Bispo Santos, indeferiu o registro de candidatura de Faiad após ação da assessoria de Mauro Mendes. O candidato recorreu e o processo foi julgado ontem pelo TRE-MT.
Faiad
O vice com registro indeferido de Lúdio Cabral, Francisco Faiad (PMDB), defende e afirma que houve erro de contagem e revisão de voto na sessão de ontem no TRE-MT.
Ele diz que o resultado da votação do TRE-MT é 4 a 2 a favor dele. Faiad afirma que a coligação vai recorrer da decisão no próprio tribunal na segunda-feira. “Está lá o resultado de 4 a 2 na ata da sessão. Não era necessário o presidente Rui Ramos fazer o voto minerva. Vamos ajuizar embargo de declaração no TRE na segunda-feira”, informou neste sábado ao Olhar Direto.
Quando questionado sobre a necessidade do seu afastamento da OAB-MT, ele nega a necessidade. “A OAB é uma autarquia, mas com característica sui generis. Eu não pertenço à direção da ordem. Não precisava me afastar”, revela.
Faiad avalia ainda que a polêmica vaia continuar e a decisão. “Não interfere em nada. Continuo a fazer campanha normalmente”.
