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Investigações de desaparecimento de pessoas aumentam em Cuiabá

20 Jan 2013 - 12:14

Priscilla Silva - Especial para o Olhar Direto

Foto: Da Assessoria

Investigações de desaparecimento de pessoas aumentam em Cuiabá
Desaparecimento de pessoas em 2012 aumentou 33%, mulheres é maioria. As informações são da assessoria de imprensa da Polícia Judiciária Civil que fez um balanço dos registros das comunicações dos casos. Em doze meses, 785 registros de adolescentes, jovens e adultos, que sem motivo aparente sumiram de casa, foram averiguados pelo Núcleo de Desaparecidos, da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHHP). No ano de 2011, 590 ocorrências de desaparecimento chegaram ao setor.


A chefe do setor, investigadora Lauriane Cristina de Oliveira, atribui o aumento a maior divulgação do trabalho, ao grande número de adolescentes que fogem de casa, principalmente do sexo feminino, e a procura de familiares que querem localizar parentes sem contato há anos.

De acordo com balanço do Núcleo de Desaparecidos, 586 pessoas foram localizadas em 2012. Por sexo foram 329 homens de todas as idades e 257 mulheres. Os motivos dos desaparecimentos são os mais variados. Entre crianças e adolescentes, é comum a fuga por conflitos familiares e também os casos involuntários, em que a vítima é levada por desconhecidos ou até por um dos pais.

Os homens são os que mais somem entre os 18 e 64 anos, e muitos por envolvimento com as drogas. No ano passado, foram 406 registros de desaparecimentos de jovens acima dos 18 anos e pessoas adulta até a faixa de 64 anos. Destas, 206 foram encontradas.

Os registros de ocorrências de pessoas do sexo feminino somam 335 desaparecidos e 257 localizados. As adolescentes entre os 12 e 17 anos representam o maior índice das comunicações classificadas como afastamento ou abandono do convívio familiar.

As causas, geralmente, estão ligadas a brigas com os pais ou porque querem namorar e não têm a permissão dos pais, explica à investigadora Lauriane Cristina. “A maioria é namoro e liberdade”, afirma.

A investigadora alerta para os cuidados que os pais necessitam ter com seus filhos, para que prestem atenção nos amigos, na rotina e ambientes que frequentam. Informações, segundo ela, muito importantes na investigação. “É importante que nos passem a rotina diária da pessoa e principalmente telefones de amigos, pois são eles que acabam ajudando no trabalho”, destaca.

Ainda na faixa de zero a 17 anos, 19 crianças tiveram registros relacionados à evasão da custódia legal, situação em que um dos pais, destituído da guarda legal, permanece com o filho sem consentimento da família e da Justiça. Nestes casos, o pai ou mãe acaba denunciando na Polícia pela não devolução da criança.

Com relação às pessoas que perderam contados com membros da família, a investigação inicia sempre com pesquisa nos bancos de dados, estadual e nacional, e por eliminação vai reduzindo o campo de busca até encontrar uma pista de onde o desaparecido está morando. A partir daí, a os policiais solicitam apoio de outras unidades policiais, seja dentro ou fora do estado. “Antes as pessoas achavam que só podia registrar desaparecimentos recentes. Temos localizados pessoas que sumiram há 10, 20 e 30 anos”, destaca Lauriane.

Um desses casos foi da senhora Márcia Maria Oliveira Silva Souza, moradora do Jardim Imperial, em Várzea Grande, que procurou os policiais do núcleo para achar a irmã Francinete Ferreira da Silva, de 57 anos, que não via desde a infância, há mais de 40 anos.

Em março do ano passado, a mulher foi localizada na cidade de Guanambi, um pequeno município localizado no sertão da Bahia, próxima a cidade de Palmas de Monte Alto, com ajuda da Polícia Civil daquela localidade.

A investigadora acrescenta que as delegacias são obrigadas a registrar boletim de ocorrência nas primeiras horas do desaparecimento. “Não é obrigatório esperar 24 horas ou mais”, frisa.

O diretor metropolitano, Luciano Inácio, disse que neste ano o setor de desaparecidos deverá ampliar ainda mais o trabalho social que realizada na localização de pessoa. Em parceria a ser firmada com a Secretaria de Assistência Social do município, o núcleo passará a trabalhar na identificação da família de andarilhos e pessoas que vivem nas ruas, como forma de prevenção aos crimes de homicídios. “Eles serão resgatados, fotografados, coletados digitais e levantadas informações para localização de parentes. Depois encaminhados a casas de apoio”, afirma.

Atuam no Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP, os investigadores Lauriane Cristina de Lara de Oliveira, Auri Viana Nascimento, Magna Maria Costa Souza, a escrivã Janaina Paula Brito Souza Silva.
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