O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador João Emanuel Moreira Lima (PSB), abriu a sessão ordinária desta terça-feira (01/10) solicitando que os colegas priorizem “a discussão dos grandes problemas” da Capital e deixem de lado eventuais questões partidárias ou pessoais. Enquanto o ‘bicho pega’ nos bastidores, ele ocupou o assento da presidência como se o Poder Legislativo estivesse navegando em águas calmas.

Leia mais: João Emanuel se vê vítima de complô e somente defesa é quem vai se manifestar sobre o campo de suposta ‘venda de sentença’

João Emanuel presidiu a primeira parte da sessão ordinária, das 8h11 às 9h18, até passar o comando para o vice-presidente da Casa, vereador Onofre Júnior (PSB). Depois, reassumiu a presidência da sessão e se comprometeu em conceder uma entrevista antes das 12 horas desta terça-feira.

Denunciado por participar de suposto esquema de venda de sentença no Judiciário de Mato Grosso investigado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, o parlamentar do PSD, por recomendação do advogado Eduardo Mahon, responsável por sua defesa, não tocou no tema.

A denúncia do Gaeco afirma que os traficantes Adalberto Pagliuca Filho, Régis Aristides Pagliuca e Joelson Alves da Silva foram quem teriam contratado João Emanuel corromper os funcionários do Judiciário. João Emanuel insiste, via assessoria, que ficou surpreso com a denúncia do Ministério Público.

“A surpresa se deve ao fato dele ter sido excluído desse processo, participado anteriormente como testemunha, em audiência”, observa a assessoria. ”Por certo, cheira a uma ação orquestrada e deliberadamente articulada para tentar desestabilizar o trabalho fiscalizador da Câmara de Cuiabá”, pontua a assessoria de João Emanuel.