O ministro Joaquim Barbosa encerrou nesta segunda-feira (20.8) a leitura de seu voto na Ação Pena 470 que está sendo julgada no Supremo Tribunal Federal (STF). Em mais de cinco horas ele expôs seus argumentos e acusou o empresário Marcos Valério e seus sócios Cristiano Paz e Ramon Rollerbach, todos da agência DNA Propaganda, dos crimes de corrupção ativa e peculato.

Veja aqui como foi a cobertura em tempo real da sessão desta segunda-feira no Supremo Tribunal Federal.
Semana movimentada em Brasília tem depoimentos na CPI e retomada do julgamento do Mensalão no STF

O ex-diretor do Bando do Brasil Henrique Pizolato foi acusado também pelo crime de peculato e por corrupção passiva, já que, segundo Barbosa, ele foi responsável por permitir contratos prejudiciais para o BB com a DNA. Já o ex- ministro das Comunicações Luiz Guschiken foi absolvido da Ação Penal por falta de provas.

Joaquim Barbosa acusa ex-diretor do BB de peculato ao favorecer Valério

A sessão foi marcada por se praticamente um monólogo em que Joaquim Barbosa apresentou um longo e detalhado posicionamento pela culpabilidade dos réus.

Ao final, o ministro cometeu um engano ao não deixar claro o número de acusações de peculato contra os quatro acusados. Questionado pelos colegas sobre a falta de clareza em seu voto, Barbosa se comprometeu em elucidar a questão da dosimetria (acusações e penas) no momento dos votos dos demais ministros.

Os ministros indeferiram ao final da sessão uma questão de ordem formulada pelos advogados dos réus da Ação Penal que questionavam o "fatiamento" do julgamento e pedia mudanças no rito previsto para o anúncio de cada ministro com relação às possíveis penas.

O julgamento do mensalão será retomado na quarta-feira (22.8) com o início da apresentação do voto do ministro revisor Ricardo Lewandowski. Seu voto estava previsto para hoje mas foi transferido devido ao fato de Barbosa não ter encerrado sua sustentação oral.

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