Olhar Direto

Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Notícias | Política BR

Mensalão

Julgamento do Mensalão terá defesa de ex-presidente da Câmara, ex-ministro e dirigentes de banco

O julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) continua nesta quarta-feira (8), a partir das 14h, com a defesa de dirigentes do Banco Rural, do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha...

Foto: José Cruz/ABr

STF entra no quinto dia do julgamento do Mensalão com ex-ministros fazendo defesa e sendo defendidos

STF entra no quinto dia do julgamento do Mensalão com ex-ministros fazendo defesa e sendo defendidos

O julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) continua nesta quarta-feira (8), a partir das 14h, com a defesa de dirigentes do Banco Rural, do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha e do ex-ministro Luiz Gushiken, este último em situação mais confortável, porque a própria Procuradoria Geral da República pediu sua absolvição. É o quinto dia do julgamento, e a terceira sessão de defesa dos 38 réus em um dos maiores escândalos políticos da história do país. 


Defesas usam tom agressivo e irônico para livrar "mequetrefes"
Saiba como foi cada lance da defesa de Dirceu e outros réus
Mensalão: Veja como foi a acusação contra os réus no STF
Mensalão: 1° dia teve manobras e bate-boca, Veja cada lance

Além dos réus, um dos destaques do dia vai ser a presença na tribuna de outro ex-ministro, Márcio Thomaz Bastos, que comandava a pasta da Justiça no governo Lula na época em que estourou o escândalo do Mensalão e foi responsável pela linha de defesa do presidente.

Thomaz Bastos representa José Roberto Salgado, ex-dirigente do Banco Rural, que foi acusado pelo procurador-geral Roberto Gurgel pelos crimes de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas.

O ex-ministro já adiantou que vai apontar vários questionamentos técnicos sobre a atuação do Ministério Público Federal (MPF). Bastos rebate alguns pontos apresentados pelo MPF. Referência para advogados, desde o começo do julgamento, no dia 2, ele tem sido presença constante no Supremo e geralmente está cercado por jornalistas e jovens advogados.

Ele levanta dúvidas sobre o fato de a Procuradoria-Geral da República insistir em usar provas colhidas nas comissões parlamentares mistas de Inquérito durante o processo na Suprema Corte, mesmo que elas tenham sido desmentidas no curso da ação penal. Há precedentes no STF que impedem esse tipo de conduta.

O ex-ministro é apontado como um dos autores da tese de que o dinheiro do mensalão na verdade é caixa 2. Esse argumento tem sido usado por vários advogados. Ele também é visto como um dos coordenadores informais das várias defesas no Supremo. Foi Thomaz Bastos que apresentou a questão de ordem no primeiro dia do julgamento para que o processo fosse desmembrado. O pedido atrasou em um dia o cronograma previsto. Mesmo com a negativa do plenário, Bastos recebeu vários elogios dos ministros.

Políticos e banqueiros no Mensalão

Ao longo do dia, o julgamento prosseguirá com a defesa dos réus que pertenceriam ao chamado núcleo financeiro – acusado de viabilizar empréstimos fraudulentos para distribuir dinheiro aos políticos.

Vinícius Samarane, diretor do Banco Rural, responde por gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisão, e será defendido por José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça. Também está entre os réus a executiva do Banco Rural Ayanna Tenório, cuja defesa será feita na tarde de hoje por Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, e que responde por gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

A última etapa do quinto dia de julgamento será dedicada à defesa de políticos. Luiz Gushiken, ex-ministro de Comunicação Social, será defendido por José Roberto Leal de Carvalho, que reforçará o argumento de que seu cliente é inocente da acusação de peculato. A absolvição dele já foi pedida pelo Ministério Público por falta de provas. Já o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), defendido pelo criminalista Alberto Toron, responde por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato.

"Mequetrefes"

Nesta terça-feira (7), os advogados adotaram pela primeira vez tom irônico e até agressivo nas defesas no STF. O plenário ouviu os advogados de defesa de cinco réus apontados como integrantes de um esquema arquitetado pelo empresário Marcos Valério. Apresentaram defesa os advogados de Cristiano Paz, Rogério Tolentino, Simone Vasconcelos, Geiza dos Santos e Kátia Rabello. Estas duas últimas, acusadas de fazer repasses de dinheiro para o Mensalão, foram descritas como funcionárias subalternas e até "mequetrefes" pelo advogado Paulo Roberto Abreu e Silva.

Tanto Abreu e Silva quanto os demais advogados do dia criticaram ainda duramente a denúncia da PGR, especialmente o trabalho do ex-procurador-geral Antônio Fernando de Souza, autor da denúncia original.  
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet