O ex-juiz federal Julier Sebastião (PMDB) comparou a tarefa de viabilizar seu nome a candidatura ao governo com a missão do herói bíblico Noé, que precisou acomodar os mais diferentes animais dentro da arca usada para sobreviver a um suposto dilúvio. Segundo o antigo magistrado, ele precisará harmonizar vários interesses dentro da base aliada para liderar o grupo rumo a uma nova gestão.

“Aquele que se dispõe a consolidar um projeto político de governador tem que ter em mente aquela missão de Noé, que quando avisado de um dilúvio tinha que salvar todos os filhos e criaturas de Deus, os mais diferentes representantes do mundo animal e vegetal. Quando a Arca aportou, ele que liderou todos para o novo mundo, para a nova história”, metaforizou o pré-candidato ao governo pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro.

“Quem dirige olhando retrovisor bate no muro”, afirma Julier sobre aliança com políticos alvos de suas decisões

E, confiante, Julier se vê preparado para alinhar todos os partidos da situação, que atualmente estão divididos entre as pré-candidaturas ao governo de Chico Daltro (PSD), Maurício Tonha (PR) e Lúdio Cabral (PT), postas oficialmente na mesa de discussão, fora nomes que correm por fora, como do suplente de senador Cidinho Santos (PR), e do preferido da base aliada, o senador Blairo Maggi (PR). “Quem quer ser governador precisa harmonizar os vários interesses e conduzir esses interesses a uma finalidade em comum que atenda o povo mato-grossense. E é esse desafio que o meu partido, o PMDB, me deu e eu pretendo cumprir", disse.

Ele também não se intimida com o fato de precisar fazer acordos com políticos já desgastados por conta dos muitos anos de carreira e salienta que não se pode “criar os próprios políticos”. "Se você vem para política você não pode criar os seus políticos. Então você entrar para a arena política com tudo que ela tem. Agora, evidentemente que cada ator político tem seu perfil, seu interesse, seu partido, e todos tem que ser respeitados”, ponderou.