As pressões do Diretório Nacional e dos correligionários forçaram a Executiva Estadual do DEM a começar do zero o diálogo com os futuros aliados para as eleições de 2014 e que só ingressará numa coligação em que estiver na chapa majoritária. “O jogo está zerado. Voltou tudo para a estaca zero. Vamos ter uma reunião com a Executiva Nacional para discutir especificamente as coligações nos estados e dirimir dúvidas”, afirmou Júlio José Campos, após participar da posse da nova diretoria da Associação dos Criadores (Acrimat), ao revelar que, nesta quarta-feira (29/01), em Brasília, se encontra com o senador Agripino Maia, presidente nacional do DEM.

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“A política é dinâmica. Por ser o partido com o maior número de filiados em Mato Grosso, o DEM possui envergadura para liderar a articulação de uma ‘terceira via’ para o governo de Mato Grosso. Porquê não?”, ponderou ele, ao confirmar já ter iniciado conversações preliminares com o deputado federal Carlos Bezerra, presidente do PMDB; suplente de senador Cidinho Santos, da Executiva do PR; e deputado estadual José Geraldo Riva, vice-presidente do PSD, entre outros.

“Quem disse que não podemos coligar com o PMDB e o PR? Até agora, ninguém. Portanto, vamos conversar com o senador Agripino [Maia], presidente nacional do DEM, para expor a situação”, justificou Campos, para a reportagem do Olhar Direto. Ele lembrou que o DEM está coligado com o PMDB no Rio Grande do Sul, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Rio Grande do Norte, entre outros.

“O PDT é da base aliada do governo Dilma. Também não vejo problemas em estarmos juntos. Mas já avisei que desejos estar na chapa majoritária. Não significa que estamos impondo Jayme para a reeleição ao Senado, porque podemos indicar o vice-governador. Mas não aceitamos ficar fora do chapão”, emendou Júlio José, citando que o DEM pode indicar o ex-prefeito Roland Trentini, de Alto Garças, como vice..

Júlio Campos voltou a reclamar das declarações do presidente estadual do PDT, deputado Zeca Viana. “Ele tem feito declarações que são impróprias para um presidente de partido que vai ter forte candidato a governador”, pontuou Júlio.

Calma, muita calma

Já o senador Jayme Campos, irmão de Júlio, negou que a sua vaga para disputar o Senado seja condição ‘sine qua non’ para o DEM ingressar numa aliança. “Creio que o momento é esse mesmo: tempo de conversar. E conversar muito!”, afiançou.

“Não queremos forçar decisão açodada. Vamos definir, sim, em breve, mas sem precipitar nada”, completou Jayme, em entrevisat para o Olhar Direto.

Em 2002 e 2010, Jayme esteve no palanque vitorioso do então governador e hoje senador Blairo Maggi (PR). Depois, pouco antes de 2010, rompeu com Maggi e se tornou oposição.

Legitimidade

Pedro Taques derramou elogios ao DEM, mas não abriu a perspectiva de composição da chapa majoritária. “O senador Jayme Campos tem legitimidade, sim, para pleitear [a vaga do Senado]. Assim como o deputado Wellington [Fagundes] também tem”, desconversou Taques, fazendo uma autêntica "salada" com sua resposta.

Pedro Taques voltou a elogiar a grandeza do DEM e a musculatura do PR, mas não sinalizou positivamente a nenhum dos futuros aliados. Ele demonstra concentração total no plano de governo.

O senador pedetista insiste que, antes de impor nomes, os partidos devem debater projetso para o desenvolvimento do Estado. “Temos levado à frente o debate ‘Fala Mato Grosso’, porque é necessário construir um projeto sobre o Estado que queremos”, completou Taques.