A insistência do candidato da coligação  'Amor à Nossa Gente', ex-vereador Lúdio Cabral (PT), em cobrar do principal adversário, senador José Pedro Taques (PDT), da coligação 'Coragem e Atitude para Mudar', para assine a procuração da quebra dos sigilos bancário e fiscal, passou a provocar reações inusitadas e até tirou do sério alguns dos principais protagonistas do processo eleitoral.

"Isso é   teatro! Este cidadão deveria se dedicar à teledramaturgia", afirmou o advogado Paulo César Zamar Taques, coordenador jurídico da coligação 'Amor à Nossa Gente', sobre a exigência de Mendes Cabral para  que o candidato do PDT adotasse postura idêntica.  

Paulo Taques observou que, do ponto de vista jurídico, a  polêmica procuração assinada por Lúdio não possui qualquer validade. "A procração é um instrumento individual e não coletivo", explicou Paulo Zamar, para a reportagem do Olhar Direto.

Para o coordenador jurídico de Pedro Taques, na iminênciada derrota, Lúdio Mendes estaria apelando para manobras cênicas, com ênfase para o teatro, como tentativa de confundir o eleitorado mato-grossense.

Contraponto

 Lúdio Cabral rebateu Zamar Taques e disse que o documento dá acesso direto à informações sobre seus sigilos bancário e fiscal. O documento oficial foi elaborado nos modelos da Receita Federal e seria entregue, em mãos, em Cartório, aos dois candidatos da chapa de oposição.

Lúdio Mendes classifiou a ação como uma resposta direta a Pedro Taques e Rogério Salles, que enviaram o coordenador de campanha, prefeito Otaviano Pivetta (PDT), para tentar desqualificar o debate sobre a importância da transparência política através da quebra de sigilo bancário e fiscal, assinada no dia 11 de setembro por Lúdio e o deputado federal Wellington Fagundes (PR), candidato ao Senado pela coligação 'Amor à Nossa Gente'.   Assinaram também a escritura publica as esposas de Lúdio, Ana Regina, e de Wellington, Mariene.
 
Lúdio Cabral rechaçou as acusações de Paulo Taques e também repetiu o desafio para que os candidatos da coligação 'Coragem e Atitude para Mudar', tenham a mesma iniciativa. “Não adianta ficar só no discurso da transparência e não agir. Precisamos cobrar que todos tenham essa mesma posição de ser transparentes. Essa nossa ação hoje, de chamar nossa assessoria jurídica para elaborar essa procuração específica para os candidatos adversários é uma resposta direta à declaração de Otaviano Pivetta, porque nós não temos o que esconder”, emendou Lúdio Cabral.