A relação entre o Partido da República (PR) e o governo federal, abalada desde o modesto deslocamento do partido para "fora" da base do governo Dilma Rousseff devido ao escândalo do Mensalão do PR, que provocou a queda de toda a cúpula do ministério dos Transportes, está muito próxima de um final feliz. 

A garantia é do senador Blairo Maggi, líder do PR no Senado, que tem mantido reuniões no Palácio do Planalto, junto com o líder do PR na Câmara, o deputado Lincoln Portela (MG), para definir os termos desta reaproximação.

Há, segundo Maggi, interesse mútuo em uma reconciliação e na ocupação do Ministério por um quadro republicano.

"O governo federal demonstra interesse em contar com o PR em sua base e nos ofereceu um Ministério. Há esse espaço para o PR dentro do governo federal. Embora tenhamos anunciado uma posição de independência em relação ao governo, sempre votamos junto com o governo", afirmou.

O senador reitera que não aceitou e não aceitará o convite da ministra de Relações Institucionais da presidência da república, Ideli Salvati, para ocupar o Minitério dos Transportes.

Maggi afirma que o partido ainda não levou um nome de consenso dentro do PR para ocupar a função, pois ainda há divergências com a bancada republicana na Câmara em torno da "independência" do partido frente à presidente Dilma.

"Começamos a conversa na semana passada e vamos retomar este assunto na próxima semana. Estamos trabalhando [em busca] de um consenso entre a bancada e o governo", pontuou.

Um dos chamados pontos divergentes foram externados pelo próprio coordenador da bancada federal, o deputado Wellington Fagundes (PR), que não acreditava em uma posição de independência do partido frente ao governo. "Ou se é governo ou se é contra", argumentou Fagundes em meio à tímida saída do PR da base de apoio à Dilma.

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