O desenho do quadro eleitoral aponta para uma ausência de palanque robusto em Mato Grosso para receber o presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves, em 2014. E isso obrigaria os tucanos a lançar candidato próprio ao governo de Mato Grosso, porque a prioridade é o projeto maior: a volta à Presidência da República, após 12 anos.

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A avaliação partiu do deputado estadual Guilherme Maluf, da Executiva Estadual do PSDB, ao lembrar que os principais pré-candidatos ao Palácio Paiaguás já são comprometidos com outros presidenciáveis. Maluf confessa que há simpatia da maioria dos tucanos pelo senador Pedro Taques (PDT), mas existe o agravante de seu partido estar compromissado "até a medula" com o governo Dilma Rousseff (PT).

Nas hostes do PSDB, os nomes considerados em condições de disputar o governo de Mato Grosso, segundo Maluf, são o deputado federal Nilson Leitão, presidente estadual do partido; o empresário Carlos Antônio ‘Catonho’ Borges Garcia, ex-presidente da Federação das Indústrias (Fiemt) e filho do ex-governador Garcia Neto; e o ex-prefeito Marino Fanz, de Lucas do Rio Verde.

“Não há dificuldade em compor com Pedro Taques, desdee que ele assuma que o teremos  no palanque do senador Aécio para a Presidência. Assim, creio que não haveria dificuldade de entendimento. O problema é o alinhamento do PDT com o governo Dilma, o que dificulta tudo. Mas tudo indica que vamos ter de lançar chapa majoritária para assegurar o palanque do Aécio em Mato Grosso”, observa o dirigente do PSDB.

Guilherme Maluf afirma que o PSDB pensou inicialmente em ampliar suas bancadas na Câmara dos Deputados e Assembléia Legislativa. Atualmente, os tucanos possuem apenas um federal e um estadual. “É certo que a candidatura ao governo é secundária.  Todavia, se não conseguirmos construir o palanque para Aécio com outros aliados, temos de colocar um nome da nossa própria base”, emenda ele.

Considerando-se como pré-candidatos ao governo de Mato Grosso os senadores Pedro Taques e Blairo Maggi (PR), além de Luiz Antônio Pagot (PTB) e procurador Mauro Pereira (Psol), até o momento, nenhum demonstra intenção de apoiar Aécio Neves.

Nas hostes do PSDB, Maluf enxerga o deputado federal Nilson Leitão como principal nome ao Palácio Paiaguás.

“Tivemos uma conversa inicial com DEM e PPS, o que deve continuar. O DEM é um parceiro natural. Outros partidos devem vir”, completa Maluf.


"Melhor nome é Leitão", diz Catonho

Cristão novo no ninho tucano, Catonho Garcia não pensa em ser candidato a governador. “O melhor nome do PSDB é o Nilson [Leitão], até mesmo por sua projeção conquistada na oposição”, pontua o ex-presidente da Fiemt.





“É importante que haja alternância no poder. Pode-se reconhecer os avanços nos governos Lula e Dilma, mas devemos avançar mais. Em qualquer país democrático, o fermento para a melhoria da qualidade de vida é a alternância no poder”, completa Catonho Garcia, que defende “qualquer sacrifício” do PSDB de Mato Grosso para assegurar um palanque fortalecido para Aécio Neves, 2014.


De família tradicional na política de Mato Grosso, Catonho Garcia disse que está disposto a contribuir com o PSDB, mas deixa claro que não como deseja como candidato a governador. Seu pai, José Garcia Neto foi prefeito de Cuiabá e governador de Mato Grosso, nas décadas de 1960 e 1970.