O prefeito Mauro Mendes (PSB) anunciou na tarde desta quarta-feira (19), em entrevista coletiva, a redução de 24 para 15 secretarias municipais, ainda a demissão de 500 servidores comissionados e contratados, com a expectativa de economizar cerca de R$ 15 milhões anuais. Mendes preferiu não anunciar os nomes dos novos secretários, porque firmou o compromisso com 18 vereadores da base governista, pouco antes da entrevista coletiva, de só definir o primeiro escalão após a votação dos projetos de lei no plenário da Câmara de Cuiabá.
 
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“Além da necessidade econômica, trata-se da lógica funcional: é mais fácil para o prefeito despachar com 15 secretários do que com 24. Fico imaginando como faz o prefeito que possui 40 secretários municipais. Creio que alguns passam meses sem despachar com o chefe”, observou ele.
 
“Após aprovação da Câmara Municipal, começa a discussão de nomes [dos novos secretários], porque é importante que o Poder Legislativo contribua com eventuais mudanças”, justificou o chefe do Poder Executivo da Capital.
 
As secretarias municipais de Saúde, Educação e Infraestrutura não vão sofrer qualquer prejuízo. “Não dá para tirar professor de sala de aula nem enfermeiro da policlínica”, pontuou ele.

Responsável pela apresentação do slide com as mudanças, o secretário municipal de Comunicação, jornalista Kleber Lima, disse que a redução de 24 para 15 secretarias representa também ganho de eficiência e não apenas economia. Com cargos comissionados e contratados, a diminuição é de R$ 5 milhões, enquanto custeio (frota, telefonia e energia elétrica) chefe a outros R$ 5 milhões.
 
“A Prefeitura vai manter sua capacidade de investimento. E as áreas fins têm o atendimento preservado em sua plenitude”, afiançou Kleber Lima.
 


Os projetos de lei com as mudanças serão encaminhados para apreciação e votação dos vereadores na tarde desta segunda-feira (24). O presidente da Câmara Municipal, vereador Júlio Pinheiro (PTB), disse que os projetos terão tramitação rápida, mas admitiu realizar audiências públicas para discutir com a sociedade, antes dos pareceres das comissões permanentes, para posterior votação em plenário.
 
“A Lei Orçamentária Anual para 2015 é menor que a de 2014, justamente para adequar à economia fragilizada e retração do PIB que todos estão vendo. O tamanho da continuidade dos cortes depende do desempenho da economia”, emendou Mendes.