Depois de deixar no ar uma dúvida sobre a quem apoiar para o Senado da República, o presidente do PSB, prefeito Mauro Mendes, de Cuiabá, anunciou que irá seguir a determinação do Partido Socialista Brasileiro. Desta forma, ele vai apoiar o ex-governador e senador Jayme Campos (DEM), candidato à reeleição por Mato Grosso.

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“Política é a arte de conversar. E de ouvir. Conversei com o senador Jayme e creio que vamos encaminhar um entendimento”, resumiu ele, sem entrar em detalhes sobre o conteúdo do compromisso. Ele afirmou que, no PSB, não há descontentes com Jayme e cita que dialogou bastante com a deputada estadual Luciane Bezerra, vice-presidente da agremiação socialista e segunda suplente na chapa de reeleição do senador do DEM.

Até a semana passada, Mendes admitia apoiar o deputado federal Wellington Fagundes (PR) para o Senado. Alegava ter afinidade com Fagundes, que o apoiou duas vezes para prefeito de Cuiabá – 2008 e 2012 – e que iria retribuir o respaldo recebido.

O reportagem do Olhar Direto apurou, todavia, que o pano de fundo do imbróglio era o apoio da candidatura do ex-secretário municipal de Governo, Fábio Garcia (PSB), para a Câmara dos Deputados. Para ter o apoio do chefe do Poder Executivo da Capital, o candidato a senador tem de ‘casar’ com a campanha de Fabio Garcia, neto do ex-governador José Garcia Neto e filho do empresário Robério Garcia, o ‘Berinho’, presidente municipal do PSB.

Mauro Mendes confirma sua preferência por Fábio Garcia, porém, nega qualquer barganha e lembra que sempre reivindicou o que é melhor para Cuiabá.

“Acima dos projetos pessoais ou de grupos, está o futuro de Cuiabá. E é com a responsabilidade de administrar a maior cidade de Mato Grosso que fiz os compromissos para as eleições deste ano”, resumiu Mendes, explicando os motivos de seus apoios para o senador José Pedro Taques (PDT), candidato a governador pela coligação ‘Coragem e Atitude para Mudar’; Jayme ao Senado e Garcia para deputado federal.

Mauro Mendes disse que vai fazer campanha, quando for chamado pelos aliados, fora do horário de expediente – das 12 às 14 horas e após às 18 horas, além de se colocar à disposição dos candidatos da coligação nos finais de semana e feriados.