O advogado Arnaldo Malheiros Filho descartou a possibilidade de Delúbio Soares ter participação no Mensalão por corrupção ativa. Malheiros foi o terceiro orador do dia a apresentar sua sustentação oral nesta segunda-feira (6.8), terceiro dia de julgamento da Ação Penal 470 que tem cobertura em tempo real do Olhar Jurídico.

Malheiros tentou provar que Delúbio não foi pivô da compra de votos em votação na Câmara. Mas admitiu, porém, que Delúbio operou caixa dois para bancar o financiamento de campanhas políticas de membros do PT e de partidos da base.

"Delúbio mexeu com dinheiro não contabilizado, de caixa dois, que é dinheiro ilícito, como ocorre em todo tipo de capanha política. Isto ele reconhece e admite, mas não atuou na compra de votos", sustentou.

A sessão marca a nova etapa do julgamento do Mensalão. Depois da leitura do relatório na quinta-feira (2.8) e da apresentação das acusações na sexta (3.8), o dia começou com a tentativa dos advogados de desqualificar a tese do Procurador Geral da República (PGR) Roberto Gurgel.

Os advogados estão utilizando menos tempo que têm direito. Malheiros utilizou pouco mais de 30 minutos em sua sustentação, que é metade do tempo garantido a cada defesa. Em seguida, será feita a sustentação do advogado de empresário Marcos Valério.

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