Olhar Direto

Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Cidades

Nada mudou

Mesmo após problemas serem apontados, vagões de R$ 500 mi do VLT continuam debaixo de sol e chuva

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Mesmo após problemas serem apontados, vagões de R$ 500 mi do VLT continuam debaixo de sol e chuva
As 40 composições do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) continuam sofrendo com as intemperes e ao que parece nada foi feito para proteger os vagões do sol e da chuva. A reportagem do Olhar Direto flagrou os trens sem a mínima cobertura no Centro de Manutenções do novo modal, em Várzea Grande. O relatório da equipe de Taques mostrou que os equipamentos já sofreram avarias.


Leia mais:
Comprados há 15 meses, vagões de R$ 500 milhões do VLT estragam ao relento; Veja fotos
 
A reportagem voltou nesta quarta-feira (18) ao Centro de Manutenções, que fica próximo ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, e constatou que nada foi feito até o momento para proteger as composições. Os trens continuam debaixo de sol e chuva. Com isto, a vida útil dos vagões diminui, mesmo que o novo modal ainda nem esteja em funcionamento.
 
Os 40 trens do VLT, que custaram R$ 497.990.000,00 aos cofres públicos, já apresentam trincas e fissuras, mesmo sem entrar em operação. Um relatório, feito pelo Consórcio Planservi/Sondotécnica, responsável por gerenciar as obras de implantação do novo modal, apontou todas as patologias.


(Foto: Reprodução/Consórcio Planservi)
 
“Durante ronda de fiscalização no estacionamento dos VLTs, foram notadas algumas falhas ou faltas nas interligações (conexões) nas articulações dos vagões e a ausência de lona ou tapume de proteção dos vagões, onde estão sendo expostos à intempéries, prejudicando desta maneira, a integridade física dos componentes”, diz trecho do documento que foi divulgado pelo Executivo.
 
Na composição 3277, “foi encontrado um dispositivo fora do seu local de origem, exposto a quaisquer tipos de intempéries e com ausência dos seus elementos de fixação (parafusos) provenientes”. Porém, a situação mais grave era a do vagão 3274, onde foram detectadas avarias (trincas e fissuras) em uma das portas deslizantes de acesso ao carro.
 
A conclusão do novo modal ainda é uma incógnita e o governo aguarda um estudo de viabilidade econômica para decidir se irá ou não implantar o VLT. A estimativa é que o custo poderá chegar a R$ 1,8 bilhão. O preço do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) inflacionou 112% em quatro anos e pode chegar a 158% do valor originalmente apresentado em uma audiência pública. Na ocasião, os defensores do VLT apresentaram um preço de R$ 696 milhões para convencer a sociedade de que ele seria superior e pouco mais caro em relação ao BRT (Bus Rapid Trânsit).

Secretaria de Estado de Cidades

A Secretaria de Estado de Cidades (Secid) informou ao Olhar Direto que a conservação dos vagões e a finalização das obras é de responsabilidade do Consórcio VLT, responsável por implantar o novo modal em Cuiabá e Várzea Grande. A pasta também faz questão de frisar que só receberá a obra 100% finalizada e as correções, principalmente das fissuras e trincas, terão de ser feitas pela empresa.

Consórcio VLT

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Consórcio VLT, porém, até a publicação desta matéria não houve resposta.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet