Mais dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) apresentaram seus votos em relação às acusações que recaem sobre seis dos 37 réus do Mensalão. A ministra Rosa Weber, magistrada que está há menos tempo no STF, foi a primeira a proferir seu voto. Ela dividiu-se entre as argumentações do ministro relator, Joaquim Barbosa, e do revisor, Ricardo Lewandowski. Já Luiz Fux acompanhou integralmente o voto do relator.
A cobertura em tempo real do Mensalão nesta segunda-feira (27.8) segue no Olhar Jurídico direto do STF.
Rosa Weber acusou o deputado federal João Paulo Cunha e ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato pelos crimes de corrupção passiva. Os empresários e sócios Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramo Hollerbach foram acusados de corrupção ativa e peculato.
Análise: Votação fatiada e brigas prejudicam Mensalão
Atitudes de Barbosa no caso mensalão preocupam OAB
Procuradores-gerais defendem Gurgel de ataques pessoais de advogados do mensalão
Já com relação ao segundo peculato, Rosa Weber acompanhou o ministro revisor Ricardo Lewandowski e absolveu os acusados e também livrou o ex-ministro da Secretaria de Comunicação do Governo, Luiz Gushiken, por falta de provas. A minisra deixou para depois seu voto sobre os crimes de lavagem de dinheiro.
O ministro Luiz Fux levou mais de uma hora para apresentar seu voto e acompanhou integralmente Joaquim Barbosa. Acusou Valério, Paz, Hollerbach e Pizzolato de peculato, sendo Valério duas vezes. Os três primeiros também foram acusados por corrupção ativa. O ex-diretor do BB conforme indicação de Barbosa, foi acusado de corrupção passiva. Ele também abolseu Gushiken por falta de provas.
Os próximos a apresentar seus votos são os ministros
Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Cezar Peluso,
Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e Carlos Ayres Britto. O regimento prevê ainda que, com autorização do presidente, algum ministro pode pedir para votar antes de sua vez.