Considerado um dos principais líderes comunista das últimas décadas, o ministro Aldo Rebelo, dos Esportes, tem plena confiança de que o juiz federal julier Sebastição da Silva irá se filiar ao PCdoB para ser candidato ao governo de Mato Grosso, em 2014. “As informações que recebi sobre o tema são bem interessantes. Conosco, certamente, não teria qualquer rejeição e ele ainda vai atrair PMDB e PT, entre outros”, pontuou Rebelo, durante sua passagem por Cuiabá, nesta semana, para prestigiar os Jogos Olímpicos Indígenas e visitar a central de manutenção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

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Influente na Executiva Nacional do PCdoB, Aldo Rebelo considera natural que haja especulações sobre a ida de Julier para outro partido, principalmente o PT. “É um quadro que possui envergadura moral e, portanto, o assédio é inerente ao xadrez político. Todavia, ninguém oferece condições idênticas às do PCdoB, onde terá total liberdade para montar sua chapa [majoritária] rumo à disputa”, resume Aldo.

O ministro dos Esportes disse que os membros do Diretório de Mato Grosso, como Miranda Muniz e Brás Rubson, entre outros, estão autorizados pelo Comitê Central (Executiva Nacional) a construir a aliança que permita aos comunistas eleger bancadas à Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa. E, se Julier estiver no páreo, ele considera viável a eleição de até quatro deputados estaduais e pelo menos um federal.

A reportagem do Olhar Direto não conseguiu falar com Julier Sebastião tampouco com os dirigentes estaduais do PCdoB.

Na entrevista mai recente que concedeu à reportagem do Olhar Direto, Julier Sebastião avisou que só irá decidir-se em março ou abril de 2014. Nesta semana, contudo, ele sofreu um duro baque do Partido dos Trabalhadores, que passou a trabalhar a pré-candidatura do ex-vereador Lúdio Cabral para a sucessão do governador Silval Barbosa.

Após a reeleição do presidente Rui Falcão para o Diretório nacional e Willian Sampaio à Executiva Estadual, no início deste mês, os petistas resolveram investir no plano ‘B’ – chamado Lúdio Cabral. E com as bênçãos do Palácio do Planalto e certa ambiguidade do PMDB, seu principal aliado.

Com isso, em tese, o juiz federal deixou de ser prioridade no PT. “Eu vou disputar o cargo que o PT determinar. E se houver entendimento de que não saio candidato a nada, serei um simples militante, na campanha”, disse Lúdio para a reportagem do Olhar Direto, na semana passada.