Morreu no fim da tarde do último sábado (26), Maria Zeferina da Silva, 93 anos, mais conhecida como ‘Nhá Barbina’. Ela é considerada a torcedora símbolo do Mixto Esporte Clube, um dos mais tradicionais de Mato Grosso. Ela era figura carimbada nas arquibancadas do antigo Estádio Verdão e do Estádio Dutrinha. Nhá Barbina também foi a fundadora da primeira torcida organizada do Estado, a Coração Alvinegro.

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Nhá Barbina morreu no fim da tarde de ontem. Ela sofria de uma série de doenças, como diabetes e doença cardíaca. O corpo dela foi velado na Capela Jardins e enterrado no fim desta manhã. Nas redes sociais do clube da capital mato-grossense, diversos torcedores lamentaram o falecimento.
 
Maria Zeferina começou a se ‘transformar’ em Nhá Barbina quando acompanhava seu pai, que era zelador do Dutrinha. De tanto ir ao estádio, ela começou a se apaixonar pelo esporte e depois de uma vitória do Mixto, foi que começou a paixão pela equipe. Deste então, começou a levar as amigas para o estádio, algo que não era bem visto na época.
 
O apelido de Nhá Barbina, ela recebeu do sargento Zahur, que era o comandante da torcida do rival Operário, de Várzea Grande: “Ele me apelidou de Nhá Barbina porque eu gritava demais nos jogos. Eu não parava um minuto e ele achava que eu era parecida com ela”, disse ela em uma entrevista ao Diário de Cuiabá.
 
Em 1976, na final do Campeonato Brasileiro entre Mixto e Vasco da Gama (RJ), ela foi até o Rio de Janeiro acompanhar o clube mato-grossense: “O Mixto perdeu de 1 a 0, porque o jogador Pastoril perdeu um pênalti. O Maracanã foi o lugar mais distante que já fui ver o Mixto jogar”.
 
Nhá Barbina revolucionou o futebol do Estado, ao ser a primeira mulher a comandar uma torcida. Ela também esteve presente na inauguração da Arena Pantanal, na partida entre Mixto e Santos, válido pela Copa do Brasil.