O governador Pedro Taques (PSDB) alfinetou o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e dois dos secretários do governo peemedebista, Marcel de Cursi (Fazenda) e Pedro Nadaf (Casa Civil), por estarem presos acusados de corrupção, e sem boas perspectivas de deixar a cadeia antes das festas de fim de ano. Durante solenidade de assinatura de 14 termos de ajustamento de gestão (TAG) para regularizar obras da Copa do Mundo, nesta terça-feira (15), ele aproveitou para destacar a diferença entre sua gestão e a gestão passada.
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“Estes TAGs são muito importantes para nossa administração, porque mostram que, desde o primeiro segundo que tomamos posse, queremos fazer a coisa certa. Porque eu não quero terminar o meu mandato e depois passar o Natal preso. Não quero. Não quero que nenhum secretário meu seja preso quando terminar o mandato”, disparou o governador, em seu discurso.
Apesar da defesa do sua atuação e do primeiro escalão, por outro lado, Taques admite que membros do governo possam estar desviando dinheiro público, e que entre os quase 100 mil servidores públicos estaduais, é provável que haja corrupção. Ele afirma não ter medo de que tais crimes venham à tona, e destacou a importância da fiscalização para coibir essas práticas.
“Quando me perguntam: o senhor tem 98 mil colaboradores, quase 100 mil. Tem alguém roubando na sua administração? Eu digo: é quase impossível que não tenha alguém já roubando. É da natureza humana, segundo alguns. Cabem aos órgãos de fiscalização fazer o seu trabalho. E nós não temos receio disso”, afirmou.
Segundo Pedro Taques, a transformação que Mato Grosso vive, e que é o slogan de seu governo, não é somente a realização de obras, mas sim “uma transformação na cultura de se fazer política”. O governador afirmou que a administração estadual está aberta aos órgãos de controle para ser fiscalizada, e que é importante que a população saiba disso.
“Nós precisamos mostrar ao cidadão que Mato Grosso vive um estado de transformação. Eu não tenho o Tribunal de Contas (TCE) nem a Controladoria como adversários da nossa administração. Nós temos um único objetivo: artigo 37 da Constituição Federal, concretizar as políticas públicas”, disse.
Pedro Nadaf e Marcel de Cursi estão presos desde o dia 15 de setembro, enquanto Silval Barbosa está preso desde o dia 17 do mesmo mês. Os três estão no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), no bairro Carumbé, acusados de fraudar incentivos fiscais e extorquir um empresário.
