Uma das, se não a mais disputada “noiva” da atual política mato-grossense, a ex-senadora Serys Slhessarenko promete ser muito mais do que apenas um bom nome para praticamente qualquer cargo nas eleições de 2014. Além disso, ela deve levar consigo, à agremiação que escolher se filiar, mais de 300 “camaradas e companheiros”, todos com experiência nos meandros da política partidária.
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Sem partido desde 2012, quando se desfiliou do Partido dos Trabalhadores por divergências internas em pleno processo eleitoral municipal, Serys já recebeu convites de pelo menos quatro siglas diferentes desde então – PSB, PRB, PV e mais recentemente PDT – além de ter sido chamado pela ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que saiu do Partido Verde, para compor uma sigla ainda a ser fundada.
O motivo desse assédio pode ser explicado por vários motivos. A priori, pela experiência política de Serys adquirida durante a militância dela pelo PT, partido pelo qual ocupou os cargos eletivos de deputada estadual e de senadora entre os anos de 1991 e 2010. Estes 20 anos de mandatos também a credenciam como boa candidata ao Senado Federal ou como um puxador de votos nas eleições legislativas.
Contudo, é a densidade eleitoral que a ex-petista leva consigo a qualquer partido um dos mais importantes motivos desse assédio. Quando deixou o PT, acusando a Executiva Estadual do partido de humilhá-la e isolá-la, um grupo de pelo menos 300 petistas de Cuiabá seguiram o mesmo caminho deixaram a legenda. Além deles, outros “camaradas” do interiro de Mato Grosso deixaram o Partido dos Trabalhadores em solidariedade a ela.
Agora, na hora de escolher uma nova sigla, a ex-senadora tenta, de todas as formas, manter o grupo unido e, se possível, ainda agregar novas pessoas. “É preciso conversar com a companheirada. Saímos todos juntos do partido (PT), vamos entrar em outro juntos. E ainda tem muita gente que não era filiada a partido algum e nos liga, que pode vir conosco”, falou Serys, em uma entrevista por telefone.
Dessa forma, o partido que conseguir ganhar a noiva vai ter, além de experiência e um nome para se candidatar, terá fortalecido o projeto eleitoral para 2014, principalmente em Cuiabá, mas também em boa parte do interior do Estado. Seria ganhar mais de três centenas de cabos eleitorais com várias eleições de experiência.
Por enquanto, os partidos que estão na frente nessa disputa por Serys são o PDT, que anunciou o convite oficial na semana passada, e a futura sigla a ser criada por Marina Silva. No próximo mês a ex-petista já tem agendada uma reunião com o grupo da antiga filiada do PV, com quem ira discutir projetos políticos e a possibilidade de participar da nova sigla.
Em relação ao PDT, Serys garante que é um partido no qual ela se vê. “É um partido que tenho afinidade. Eu gostaria de estar no PDT. Mas é preciso conversar com os companheiros do interior. Tem muita coisa para se ver”, disse. Ela contou ter coversado com o senador Pedro Taques (PDT) sobre a conjuntura política de Mato Grosso e ter feito projetos para o presente e para o futuro.
A decisão final sobre em que partido se filiar deverá ser tomada em dois ou três meses, segundo a própria ex-senadora. “Quem quer ser candidato tem que estar no partido em setembro”, enfatizou. Até, ela deve continuar sendo assediada por todos aqueles que pretendem a ver subir no altar, seguida por centenas de companheiros “damas de honra”.
