Os delegados Carlos Cunha e Roger Jarbas, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra Administração Pública (DEFAZ), estiveram na manhã de hoje (27) na sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MT), em Cuiabá.
Dezenove são presos em ação que apura fraudes na emissão de CNHs
Servidor é preso em operação contra fraude em emissão de carteiras
Em cumprimento a ordem de busca e apreensão expedida pelo juiz de Barra do Garças, Bruno Oliveira, um computador da Coordenadoria de Habilitação e 73 prontuários de pessoas habilitadas em Mato Grosso, mas que na verdade, residem no Estado de Goiás, foram apreendidos e serão levados para perícia. Outros tês examinadores do órgão foram encaminhados para prestar depoimentos à unidade.
A presença dos investigadores causou muita curiosidade entre as dezenas de pessoas que aguardavam a realização dos exames práticos da prova de habilitação. A ‘visita’ da Polícia Judiciária Civil teve duração de cerca de 15 minutos e os policiais deixaram o local em posse dos endereços dos examinadores que não se encontravam em serviço na data de hoje.
O delegado Carlos Cunha, titular da Defaz, informou que manteve diálogo na manhã de hoje com o corregedor do órgão, que prontamente, atendeu às solicitações. ‘Buscamos junto ao sistema dados sobre o examinador da prova, por exemplo. As habilitações era ideologicamente falsas. “Ou não se faziam os exames ou eram entregues a pessoas que não possuíam a menor condição de possuir a documentação”, pontua.
Entenda a Ação
A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta quarta-feira (27.11), a operação “Fraus” para cumprimento de 135 ordens judiciais, sendo 19 mandados de prisão temporária e 116 conduções coercitiva contra pessoas envolvidas em fraudes na emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nos estados de Mato Grosso, Goiás e Tocantins. Outros 48 mandados de busca e apreensão também são cumpridos.
A base da operação é a cidade de Barra do Garças (509 km a Leste), onde investigações conduzidas pela Polícia Civil local descobriram esquema na compra e venda de carteiras de motoristas emitidas sem a realização de provas teórica e prática de direção, ou, simplesmente pela aprovação certa de candidatos quando se submetiam aos exames e ainda terceiros se passavam por candidatos para realização de provas. Os candidatos pagavam valores variados entre R$ 600 até 5 mil para obter o documento.
As investigações iniciaram em setembro de 2010 com denúncia encaminhada pelo Ministério Público de Barra de Garças, que informava que a uma autoescola do município estava oferecendo facilidades para retirar e revalidar a CNH.
