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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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MADEIRA ILEGAL

Operação prende advogado, fiscal da Sema, tabelião e mais 12; veja lista de nomes

Foto: Olhar Direto

Prisões foram comandadas por delegado de Sinop

Prisões foram comandadas por delegado de Sinop

A Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, deflagrou a operação “São Tomé”, hoje de manhã, para cumprir 17 mandados de prisão em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop e mais quatro cidades do interior do Estado, para prender um grupo de pessoas acusadas de venda de madeira extraída de forma ilegal.


Das 17, foram presas 15 pessoas, sendo três em Cuiabá, um em Várzea Grande, três em Sinop, três em União do Sul, um em Claudia, Peixoto de Azevedo, Pontes e Lacerda, Marcelândia e Tapurah. Outro empresário foi preso no Estado do Paraná.

Olhar Direto apurou que, em Sinop, estão presos o advogado Antonio Fernandes Alves dos Santos, o empresário Jose Almir de Melo e, o engenheiro florestal e fiscal da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Jackson Monteiro de Almeida, que já foi preso na Operação “Arco de Fogo”, deflagrada em 2007.

Conforme a assessoria da PJC, as investigações iniciaram em 2007, com a invasão de uma fazenda no município de União do Sul (680 km ao norte – microrregião de Sinop). Naquele município foram presos Jacondo Bedin, que é um dos pioneiros da cidade, o filho dele, Rogerio Bedin, e Antonio Paulo de Oliveira, o “Pachola”, que já atuou como auxiliar da Policia Civil de Claudia e União do Sul.

Em Peixoto de Azevedo, foi preso Antonio Pereira Guedes, o “Toninho Guedes”, tabelião e chefe do cartório do 1º oficio do município. Ele é acusado de falsificar os documentos de uma área em União do Sul, que pertenceria a Jacondo e Pachola. Por meio dessa documentação, possibilitou vender créditos de madeira no sistema da Sema para madeireiros de União, Cláudia, Marcelândia, entre outros.

As investigações, no nortão, foram comandadas pelo delegado Luis Henrique de Oliveira, de Sinop, e ele informou que aproximadamente 70% da madeira retirada no norte do Estado é comercializada de forma ilegal. O esquema teria rendido cerca de R$ 3 milhões para o grupo, com o equivalente a 1.2 mil carretas de madeira vendida.

Os presos vão responder por formação de quadrilha, espulho possessório, falsidade documental, uso de documento falso, extração ilegal de madeira, inserção de dados falsos em bancos de dados da administração pública, denunciação caluniosa, e corrupção ativa e passiva.

Lista dos nomes

Sinop
Antonio Fernandes Alves dos Santos
Jose Almir de Melo
Jackson Monteiro de Almeida
Luiz Carlos de Melo

União do Sul
Jacondo Bedin
Rogerio Bedin
Antonio Paulo de Oliveira

Peixoto de Azevedo
Antonio Pereira Guedes

Marechal Cândido Rondon (PR)
Gilmar Aliberti

Lista completa dos acusados fornecida pela Polícia Civil às 13h

Antonio Guedes Ferreira - tabelião de Peixoto de Azevedo, envolvido na falsificação de documentos para grilagem – falsos reconhecimentos da firma.

Rodrigo Lara Moreira - falsificação de documentos para grilagem de terras, usa de documentos falsos, corrupção – é testa de ferro da quadrilha.

Rogério Bedin e Jacondo Bedin - falsificação de documentos para grilagem de terras, denunciação caluniosa - é testa de ferro da quadrilha.

Antonio Paulo de Oliveira (Pachola) - articulador e autor da grilagem de terras (esbulho), posse e porte de armas de fogo, crimes ambientais, sócio da Fazenda Moreira.

Gilmar Aliberte - comercialização de créditos florestais da Fazenda Moreira, grilagem de terras.

Luiz Carlos de Melo -sócio na grilagem da Fazenda Moreira e comercialização de créditos florestais.

José Almir de Melo - acusado de grilagem de terra e uso documentos falsos na Sema e omercialização de créditos florestais.

Jackson Monteiro Medeiros - servidor da Sema, responsável pela fiscalização in locu que ratificou a fraude no PEF da Fazenda Moreira. Corrupção passiva – ele responde a Inquérito Policial por corrupção em Sinop. Respondeu a Processo Criminal por extorsão em Santo Antônio do Leverger. Foi preso na “Operação Guilhotina” no ano de 2007.

Roselayne Laura da Silva Moreira - servidora da Sema que aprovou a PEF fraudado no âmbito da Coordenadoria de Gestão Florestal, mesmo havendo vários indícios de fraude no Processo Administrativo. Suspeita de Corrupção Passiva.

Péricles Pereira Sena - engenheiro Florestal responsável pelo PEF fraudado. Corrupção ativa. Crimes Ambientais

João Veriano da Silva -principal agrimensor utilizado pela quadrilha. Falsificação de mapeamento de áreas visando à grilagem de terras.

Cleyton Aguiar de Figueiredo -foi utilizado pela quadrilha para confeccionar um mapeamento falso da área rural denominada Fazenda Arara (Fazenda Blaese), visando à abertura de procedimento junto ao Intermat.

João Ricardo de Matos - forneceu um mapeamento e descrição de perímetro falso para Rodrigo Lara Moreira.

João Batista da Silva - testa de ferro da quadrilha, confecção de documentos para grilagem de terras.

Idevan Fernandes Savi (Brito) - É responsável pela prática de crimes ambientais na Fazenda Presidente Nereu (extração ilegal de madeira e transporte para madeiras), área próxima a Fazenda Moreira, havendo a suspeita de que estava utilizando Guias Florestais da Fazenda Moreira para esquentar a madeira extraída ilegalmente.

Leonel Moreira - falsificação de documentos. Forneceu seu nome a quadrilha, figurando como adquirente da Fazenda Moreira no contrato falso.

Antonio Fernando Alves dos Santos - é advogado de vários membros da quadrilha. Praticou denunciação caluniosa da Delegacia Regional de Sinop. Já responde processo por extorsão e formação de quadrilha e corrupção.

Atualizada às 13h06

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