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Domingo, 12 de maio de 2024

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Represália

Operários dizem que pararam de receber alimentos após denúncia

Foto: Lucas Bólico - OD

Joaquim Dias Santana é presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil

Joaquim Dias Santana é presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil

Os operários que denunciaram más condições de alojamento em obra de creche municipal no Bairro Paiaguás reclamam que não recebem mais alimentos desde o dia da denúncia e após a publicação da matéria. “Nós não jantamos na sexta-feira e não recebemos nada no sábado”, afirmou um dos trabalhadores.


Operários denunciam condição degradante e perseguição em obra de creche municipal de Cuiabá

“A gente não comeu nada sexta a noite e ai no sábado a gente teve que se virar. Fizemos um pouco de arroz e feijão que tinha e fomos pedir cinco reais de carne fiado no mercado aqui perto. A gente fez um pouco no almoço e guardou o resto para a janta”, reclamou Irismar Gomes da Silva, que mora em Vila Bela da Santíssima Trindade e veio a Cuiabá para trabalhar na obra.



Além da reclamação da falta de comida, os trabalhadores reclamam que não têm alojamentos decentes. Em entrevista ao Olhar Direto por telefone concedida na sexta-feira, o empresário Gildásio Almeida, responsável pela construtora, negou as denúncias e afirmou que cede alimentação aos funcionários, como açúcar, ovos, arroz, feijão e macarrão e que quem não está satisfeito está livre para ir embora.

“Eles têm todas as condições lá, agora eu vou pedir que vão embora se estão insatisfeitos”, afirmou. Alegou também não estar perseguindo ninguém. “Eu nem conheço esse funcionário que está falando isso, eu não falei com ninguém”, completa.



Apesar de o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil ter informado que deu um prazo para a regularização das condições de alojamento até quarta-feira, o empresário nega também ter sido contatado.

Os trabalhadores que vieram de Vila Bela já afirmam que não vão permanecer trabalhando no local. “Ele disse que quem quisesse poderia ir embora, então vamos embora. Já estou aqui trabalhando há três meses e não tive minha carteira assinada”, reclama Irismar, que com o dinheiro da obra sustenta seis filhos na cidade natal.

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