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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Oposição acusa Irã de enviar militares para impedir ato na capital

Um site iraniano de oposição ao governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad afirmou que tropas e veículos militares devem chegar à capital Teerã nesta quinta-feira, dia no qual...

Um site iraniano de oposição ao governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad afirmou que tropas e veículos militares devem chegar à capital Teerã nesta quinta-feira, dia no qual os simpatizantes de um dos principais líderes da oposição, Mir Hussein Mousavi, planejam realizar um novo protesto. "Centenas de militares e dezenas de veículos armados estão seguindo para Teerã. Alguns veículos são usados para reprimir manifestações de rua", disse o site Jaras. Há também a informação de que vários quarteirões estão sitiados por agentes de segurança.


A informação não pôde ser confirmada por fontes independentes, já que o Irã restringe o trabalho da mídia internacional.

Ontem (30), o chefe da polícia iraniana, o general Esmail Ahmadi Moghadam, renovou, em entrevista à agência oficial de notícias iraniana Irna, as ameaças aos manifestantes. Ele disse que o "período de tolerância já passou". "Nós atuaremos com maior firmeza contra qualquer pessoa que participar de manifestações e aceleraremos o processo judicial", afirmou. Na mesma linha, o procurador-geral do Irã, Gholam Hossein Mohseni Ejehei, disse hoje que pode processar a oposição por apoiar os "inimigos de Deus", caso os organizadores dos mais recentes atos não sejam denunciados.

O Irã julgou recentemente mais de cem ativistas opositores, em conjunto. Do total, mais de 80 foram condenados com penas de seis meses a 15 anos de prisão enquanto cinco foram condenados à morte.

No domingo passado (27), o dia em que os xiitas celebram a sua festa mais sagrada, a Ashura, os opositores iranianos tomaram ruas de várias cidades do país para protestar contra o governo. Houve confrontos com as forças de segurança --que, segundo testemunhas, chegaram a atirar contra os manifestantes.

Nos distúrbios, oito pessoas morreram segundo o governo, incluindo um sobrinho de Mousavi --a oposição afirmou que os mortos somam 15. Mais de 500 pessoas foram presas, incluindo cerca de dez oposicionistas, entre eles três conselheiros de Mousavi. Entre os presos estão também a irmã da advogada iraniana Shirin Ebadi, prêmio Nobel da Paz em 2003, e o jornalista sírio Reza al Basha, 27, que trabalha para a TV oficial de Dubai.

Os distúrbios de domingo foram os mais graves registrados desde junho passado, quando Ahmadinejad foi reeleito sob denúncias de fraude. Seu adversário no pleito era Mousavi.

Hoje, a exemplo do ocorrido ontem, dezenas de milhares de iranianos voltaram às ruas para apoiar Ahmadinejad. Desta vez, o grupo se reuniu em frente ao escritório do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, usando roupas brancas --a cor do luto no Irã-- em sinal de sua disposição de morrer em defesa do regime clerical, informou a rádio estatal iraniana.

Nos protestos pró-governo de ontem, manifestantes queimaram bandeiras americanas e britânicas e acusaram os líderes oposicionistas Mousavi e Mehdi Karoubi --também candidato reformista derrotado na última eleição-- de serem "mohareb", inimigos de Deus. Pela lei islâmica vigente no Irã, o castigo indicado para um "mohareb" é a morte.

O vice-chefe do Judiciário iraniano, Ebrahim Raisi, disse hoje à agência Irna que os acusados pelos protestos de domingo responderão por violação da ordem pública e por serem "mohareb". Fotografias de cem suspeitos foragidos acusados de "danificar propriedade pública e insultar santidades" foram publicadas ontem em um site da polícia iraniana.
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