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Domingo, 28 de abril de 2024

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Ato em Cuiabá

Organização da Marcha da Maconha rifa ‘seda’, vinho e ‘kit larica’ para atrair participantes

Organização da Marcha da Maconha rifa ‘seda’, vinho e ‘kit larica’ para atrair participantes
A organização da Marcha da Maconha de 2014 em Cuiabá irá rifar um dichavador (triturador usado para preparar tabaco ou maconha), vinho, ‘seda’ e também um ‘kit larica’ (com docinhos e chocolates). A ideia é angariar recursos com o sorteio e divulgar ainda mais o evento, que está programado para este sábado (31), na Praça Alencastro, em Cuiabá.


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De acordo com os mobilizadores do ato, o sorteio será a partir das 14h20, durante a concentração para a marcha, na Praça Alencastro. O dinheiro arrecadado com a promoção deverá ser utilizado para manter um grupo de discussão que propõe uma nova política de drogas no país. A intenção é evitar “um discurso raso, e também mostrar que a atual política de drogas no Brasil e no mundo não funciona”, revelou um membro da organização em entrevista ao Olhar Direto pelo Facebook.

Este ano, a Marcha da Maconha traz uma proposta diferente. Além de defender a legalização da planta no Brasil, em apenas uma marcha, a intenção é manter um debate permanente sobre o assunto. “Além de arrecadar fundos para os gastos com a marcha, a rifa também é para a manutenção de um grupo que está sendo criado para manter a discussão sobre uma nova política de drogas em Cuiabá e Várzea Grande, que será criado posteriormente a marcha da maconha”, justifica os organizadores.

A exemplo do que já ocorreu em outros países, como o Uruguai, “a ideia da marcha é, dentre outras interpretações, mostrar que existe uma nova proposta para as políticas de drogas no nosso país”, explica a organização do evento.

O consumo de maconha no Uruguai foi regulamentado no início deste mês. Agora é possível comprar 10 gramas da erva por semana no país, pelo valor de US$ 1 o grama, aproximadamente R$ 2,20. A aplicação da lei que regula o mercado reacendeu os debates sobre a liberação da erva no Brasil.

“Um projeto de lei proposto pelo deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) e um estudo encomendado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) tornam ainda mais concretas as propostas e às colocam em pauta no Senado e Câmara Federais”, frisa a organização.

O grupo que promove o evento em Cuiabá pretende quebrar paradigmas e tornar o tema em um assunto permanente em um grupo de debates. “A formação desse grupo é de importante para a criação de espaços de debate e esclarecimento sobre o tema, evitando que um discurso raso e superficial prevaleça em detrimento aos inúmeros estudos que nos indicam que a atual política de drogas no Brasil e no mundo, além de não funcionar, serve de pretexto para ações extremamente violentas da Polícia Militar nas periferias do país”, revela.

No Brasil é proibida a comercialização, consumo e apologia à maconha. Tanto que em 2011, a organização do evento foi obrigada a mudar o nome de Marcha da Maconha para a Marcha pela Liberdade de Expressão sob o risco de serem detidos caso qualquer alusão a droga fosse exposta durante a caminhada.

Quanto ao fato, os atuais organizadores do evento dizem não terem receio de que haja confronto com a Polícia Militar. “A intenção e que seja um evento bem tranquilo, a polícia deverá estar lá como está em outras manifestações, mas nós não temos nenhum interesse em nos confrontarmos com eles”, pondera.
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