Os dois policiais militares que estão presos no quartel da Polícia Militar em Sinop, suspeitos de terem assassinado o operador de máquinas Juarez Rodrigues, de 33 anos, e cortado a cabeça dele, poderão responder por pelo menos quatro crimes: tortura, sequestro, assassinato e ocultação de cadáver.
A cabeça da vítima ainda não foi encontrada. Os irmãos de Juarez localizaram, no sábado, o corpo enterrado a cerca de 200 metros da ponte do rio Nandico, que fica a 40 quilômetros de Sinop, sentido Sorriso, na BR-163. O corpo estava enterrado junto com cal – que ameniza a proliferação do odor e acelera a decomposição.
Fontes ligadas a polícia informaram que três pescadores teriam visto uma viatura da Polícia Militar na ponte, na madrugada de domingo para segunda-feira (18). Em seguida, os homens ouviram um disparo de revólver. Minutos depois, um barulho na água.
Na sexta-feira, a família de Juarez encontrou manchas de sangue embaixo da ponte do rio Nandico e chamaram a polícia. Peritos do Instituto Médico Legal (IML) coletaram amostra do sangue que estava no local para exames de DNA.
Mas a família não desistiu da busca e no sábado encontrou, a cerca de 200 metros da ponte, um local onde a terra estava fofa. Também havia marcas de cal. Os irmãos começaram a cavar, até encontrar o corpo sem cabeça. O sepultamento foi ainda no sábado, à noite.
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