Apesar de as lideranças do PR negarem o veto ao nome do senador Blairo Maggi (PR) para ocupar um ministério, os movimentos da cúpula nacional são para que o congressista de Mato Grosso continue no parlamento, agora no comando da Comissão do Meio Ambiente, Fiscalização e Controle, e dispute em 2014 uma nova eleição ao Governo do Estado. A definição sobre a cota ministerial do PR deve sair na terça-feira.
Nascimento nega que Maggi tenha sido vetado para ocupar Ministério
Dilma não convidará Blairo Maggi a ministério se ele for candidato a governo em 2014
A presidente Dilma Roussef (PT) já se manifestou que não quer um ministro ‘tampão’, que ocupe o cargo por um curto espaço de tempo e depois saia para disputar a eleição. “Preferimos o Blairo ministro e governador, mas não só ministro”, declarou o deputado federal Wellington Fagundes (PR) ao minimizar a consulta que o senador fez à Justiça Eleitoral sobre uma possível saída do partido.
“A insatisfação é normal, até dentro da família tem isso, mas o nosso trabalho é para que o Blairo seja o nosso candidato a governador, isso é muito importante”, afirmou Fagundes. E Maggi não descarta disputar uma nova eleição ao Governo do Estado. “Faltam dois anos ainda, vamos olhar com tranquilidade, avaliar o quadro. Não tenho essa intenção de disputar o governo, mas posso avaliar”, diz o senador.
O ministério
Maggi era cotado para assumir o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mas a pasta não é a almejada pelo partido. A agremiação está muito mais preocupada em se manter no controle dos Transportes e em ocupar o Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O senador, na análise dos republicanos, até possui predicados para ocupar as pastas, mas vele mais ao PR eleger um governador em Mato Grosso para os próximos quatro anos do que lotá-lo em um ministério para a reta final do primeiro mandato de Dilma. A tendência é que Paulo Sérgio Passos se mantenha nos Transportes e Anthony Garotinho seja indicado ao Desenvolvimento, pasta estratégica para o Rio de Janeiro.
“Quem vai dar a palavra final é a presidente. Não está definido qual ministério o PR vai assumir”, desconversa Wellington Fagundes, segundo o qual, a definição deve sair na próxima semana. “Ela [presidente Dilma] fez a sinalização, na terça-feira, o Alfredo Nascimento nosso presidente estará conversando com ela e ela é quem vi oficializar o convite e qual o ministério. Eu defendo que o partido deve levar o nome de todos os parlamentares e a presidente escolhe”, defende Wellington Fagundes. “Se o ministério for da Agricultura, não tenho dúvidas que será o Blairo, se for ministério do Desenvolvimento Econômico, o Blairo também tem um perfil ideal, mas Minas [Gerais], Rio [de Janeiro] e São Paulo tem uma preferencia maior”, completa
