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Sábado, 27 de abril de 2024

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Pacote para setor rodoviário corre risco de 'micar', adverte Sincop

Foto: Reprodução

Pacote para setor rodoviário corre risco de 'micar', adverte Sincop
As obras anunciadas pela presidente Dilma Rousseff para o setor rodoviário, dentro do pacote de concessões de infraestrutura, cuja meta é duplicar em cinco anos a extensão das rodovias já duplicadas e dobrar a das ferrovias em uso no país ao longo dos últimos 150 anos, correm sério risco de não sair do papel por causa da defasagem dos preços praticados pelo governo federal.


O alerta é do Sindicato da Indústria da Construção Pesada de Mato Grosso (Sincop-MT), segundo o qual as planilhas de custo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) estão com os preços "irreais e inexequíveis", de um modo geral.

"Dessa forma, as obras não vão sair. A diferença entre os preços praticados pelo Dnit nas planilhas está até 38% defasado em relação ao preço de custo do mercado. Isso tomando o preço mínimo das empresas que fornecem matéria-prima", salienta José Alexandre Schutze, presidente do Sincop, em entevista exclusiva para o Olhar Direto.

Segundo o líder sindical, não adianta "lançar um pacote" audacioso se os preços praticados estão "totalmente fora da realidade do mercado". "Será um estímulo às fraudes", sentencia o presidente do Sincop. "Acredito que eles (ao lançar planilhas com preços abaixo do mercado) estão sendo irresponsáveis", acrescenta Schutze.

Dados coletados pelo Sincop apontam que do material betuminoso, passando pela brita até os salários estão subdimensionados nas planilhas do Dnit. "Temos que trazer os preços para a realidade do mercado", pondera o presidente do Sincop. Diante o quadro irreal dos preços, o sindicato deverá questionar todos os editais que estiveram com valores abaixo dos praticados pelo mercado, apesar de o sindicalista elogiar a audácia do governo federal.

E o plano de Dilma Rousseff é, de fato, audaz. Na primeira etapa, o projeto visa duplicar 5,7 mil km de vias e construir mais 10 mil km de ferrovias, com investimentos programados de R$ 80 bilhões. No total, a meta do governo para 30 anos é gerar investimentos privados da ordem de R$ 133 bilhões.

Elogios e críticas

O Programa de Investimento em Logística, a despeito das críticas do Sincop-MT, foi elogiado e classificado de ousado por empresários do setor no presentes no ato do lançamento, mas também criticado. Executivos dos setores de rodovias e ferrovias levantaram dúvidas sobre o financiamento e o prazo fixado pelo governo para a primeira etapa de cinco anos. A avaliação é que não há capital disponível no país e que será necessário buscar investidores externos, num momento de escassez de crédito.

Segundo empresários ouvidos pela Folha de São Paulo, logo após o lançamento, outra dificuldade é a taxa de remuneração, considerada por eles baixa em alguns projetos -na casa de 6%. Isso deve dificultar a captação de recursos para executar os investimentos previstos.

Em relação à viabilidade de cumprimento dos prazos, os empresários lermbraram que entre 2003 e 2012, o governo só conseguiu concluir oito concessões rodoviárias. Agora, espera passar à iniciativa privada, num período de 13 meses, 21 concessões, sendo 12 de trens num modelo completamente inédito e 9 de rodovias.

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