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Maus tratos

Pais confessam mordidas e admitem que bebê de quase 2 meses foi atirado no chão antes de morrer

06 Jan 2014 - 11:45

Da Redação - Lucas Bólico/ Da Reportagem Local Patricia Neves

Foto: Patricia Neves

Pais confessam mordidas e admitem que bebê de quase 2 meses foi atirado no chão antes de morrer
O casal detido na madrugada desta segunda-feira (6) em Cuiabá sob a suspeita de ter matado o próprio filho, um bebê prestes a completar dois meses de idade, confessou em depoimento à delegada Anaíde Barros que a criança foi jogada no chão na última sexta-feira (3) e desde então não se alimentava direito e apresentava dificuldade no movimento de alguns membros. Mesmo assim, os pais não levaram a criança ao hospital.


Casal é preso acusado de agredir e matar filho de dois meses

Ouvidos separadamente na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, André Luis Cardoso de Araújo, 22 anos, e Tainara Cardoso Araújo, 18, a princípio negaram maus tratos à criança. Quando falaram separadamente, eles admitiram que o bebê foi jogado no chão na sexta-feira pelo pai após uma discussão com a mãe. A briga, de acordo com o que foi relatado, ocorreu justamente porque Tainara estaria cobrando de André que ele parasse de morder o filho.

Em seu depoimento, o pai declarou que as mordidas eram “brincadeiras” que ele fazia com a criança. Os hematomas foram encontrados na barriga, membros e até no rosto da vítima. Tainara ainda contou à delegada que queria levar o filho ao médico após a briga de sexta-feira, mas foi impedida pelo marido.


Pai da criança esconde o rosto na delegacia. Foto: Patricia Neves

O casal só tomou uma providência após a morte do bebê, ocorrida na noite de domingo. Eles contaram que chegaram a ligar para um pastor para pedir orientação. Em meio ao culto, o líder religioso orientou o casal por telefone a orar pelo filho. Só então eles levaram a criança para um hospital.

Maus tratos e cenário do descaso

A enfermeira que recebeu o bebê constatou além das marcas de mordidas, a lesão na cabeça, consequência da queda e resolveu acionar a Polícia Militar. A casa em que a família morava, de acordo com a PJC, não aparentava ser um ambiente familiar saudável. O local era sujo e as pessoas dormiam no chão.

Os pais foram presos em flagrante e deverão responder por homicídio. Em um única declaração a imprensa, ainda na delegacia, o pai da criança se questionou: “vou falar o que?”.
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